RIO
O Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, tem 28 bueiros inteligentes. Cada bueiro é formado por um coletor de lixo sólido e um sensor volumétrico, que avisa via rede celular quando o coletor está cheio.
O bueiro inteligente melhora o ambiente, pois limita a quantidade de lixo sólido que vai para os rios; reduz o custo de manutenção, porque as equipes só o visitam quando ele está cheio; e tem um impacto positivo na vida da população, já que evita enchentes.
A solução faz parte do Programa de Inovação Urbana da Cisco, em parceria com a prefeitura do Rio. O projeto foi implementado pela PromonLogicalis e os bueiros foram desenvolvidos por uma startup chamada Net Sensors.
Segundo Carlos Chiaradia, presidente da Net Sensors, a bateria do sensor do bueiro dura um ano. “De 12 em 12 horas, ele verifica se o coletor está cheio e, em caso positivo, avisa o Centro de Comando e Controle do Porto Maravilha”, explica.
Em São Paulo, a empresa tem 110 bueiros instalados, sendo que, em cerca de 15 pontos, já foi comprovada redução de alagamentos. “Estamos em negociação com mais 11 prefeituras”, afirma Chiaradia.
A PromonLogicalis conversou com interessados pela solução em países como Espanha, Argentina, Uruguai e Colômbia. “Esse pode ser um produto de exportação”, diz Lucas Pinz, gerente sênior de tecnologia da PromonLogicalis.
Programa de aceleração
A Net Sensors foi uma das vencedoras do Desafio Cisco de Inovação Urbana. A empresa participou de um programa de aceleração que durou cinco meses, com apoio técnico do Centro de Inovação da Cisco no Rio.
Fabricante americana de equipamentos de comunicação de dados, a Cisco apresentou hoje (6/7) 15 soluções urbanas inteligentes no Porto Maravilha, muitas delas desenvolvidas em parceria com startups brasileiras.
A região foi revitalizado como preparação para a Olimpíada. “Estamos orgulhosos de trazer o Porto Maravilha para nossa lista mundial de exemplos de cidades inteligentes”, afirma Laércio Albuquerque, presidente da Cisco Brasil.
- O jornalista viajou a convite da Cisco