Internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) comprometida, ataques multicamada e ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS, na sigla em inglês) concentrados em infraestrutura e serviços para o cliente.
Esses foram alguns dos diagnósticos realizados sobre a segurança digital no Brasil pela Nestcout, no 14º Relatório Anual sobre Segurança da Infraestrutura Global.
Esta é a primeira edição do estudo com informações específicas sobre alguns países, e o Brasil surpreendeu em alguns aspectos.
Primeiramente, pelo fato de ser o campeão de dispositivos de internet das coisas comprometidos. São 25% dos aparelhos, tendo uma média global de apenas 17%.
Enquanto isso, na França, apenas 11% dos equipamentos de IoT estão comprometidos.
Depois, também, chama a atenção a sofisticação das ameaças. No Brasil, 49% dos ataques são em multicamada. São ataques que “proliferam, pois são difíceis de defender e geralmente são extremamente eficazes”, explica o estudo.
Concentração
Além disso, o relatório também apontou os destinos do ataque. O Brasil ficou à frente nas categorias de infraestrutura (57%) e serviços/aplicativos voltados para o cliente (46%).
Em ambos os casos, a França ficou na colocação mais baixa com 44% e 31%, respectivamente.
O único tipo de ataque em que o Brasil não liderou nos número foi em software como serviço (SaaS na sigla em inglês). Ali, a França ficou com 53%.
Defesa e segurança digital
Assim, apesar dos números aparentemente ruins, o Brasil chama a atenção por um motivo: o firewall.
Segundo o estudo, 76% dos brasileiros entrevistados disseram que o firewall contribuíram para a interrupção de ataque DDoS.
Este número é muito maior do que a média global, de 54% dos entrevistados.
Além disso, há no Brasil um número menor (26%) de ataques ransomware se comparado com a média global de 32%.
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