Qual é a estratégia da EDP para seu programa de startups

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O programa da EDP busca, principalmente, startups do setor elétrico / Ryan Lackey
O programa da EDP busca, principalmente, startups do setor elétrico / Ryan Lackey

A empresa de energia EDP ampliou seu programa de aceleração de startups do setor elétrico.

Chamado Starter Acceleration Program, o novo programa busca empresas do mundo todo. Depois disso, concentrará módulos práticos na Espanha, Brasil e EUA.

“Nós estamos focados em startups mais maduras”, explicou Livia Brando, gestora executiva de estratégia e inovação da EDP Brasil, ao inova.jor. “Por isso, ampliamos para outros mercados”.

Internamente, muita coisa também mudou. A empresa abriu um escritório para inovação, na região sul de São Paulo. Lá, eles reúnem especialistas que atuam em várias frentes.

Assim, num ambiente colorido e descontraído, é possível encontrar engenheiros, cientistas e até pessoal da área jurídica. Além de facilitar a comunicação entre setores, os profissionais ficam próximos de executivos de startups que por lá circulam.

“A gente percebeu que precisava trazer a inovação pra dentro”, comentou Livia. “Mas seria mais interessante fazer parceria com startups do que criar a tecnologia do zero”.

Alteração

Além disso, ao ampliar o alcance territorial do programa, a EDP fez algumas alterações estruturais na aceleração.

Inicialmente, serão selecionadas startups em sete categorias. São elas:

  • energias limpas,
  • soluções para clientes,
  • inovação digital,
  • armazenamento de energia,
  • redes inteligentes,
  • acesso à energia, e
  • inovação em processos internos.

O que chama a atenção, em comparação com os outros processos, são as duas últimas categorias.

Acesso à energia é uma nova possibilidade que a EDP abre para startups com soluções sociais que beneficiem empresas e pessoas.

“Há um sistema de captação solar que cria redes elétricas em comunidades sem acesso”, diz Livia. “Queremos coisas assim, que tragam inovação para nossos processos e ajudem as pessoas.”

Além disso, na categoria de inovação em processos internos, a EDP está de olho em startups de vários setores. Jurídico e financeiro são os principais.

Ainda assim, claro, o objetivo são as startups do setor elétrico — que, segundo Livia, são difíceis de encontrar. “Muitas pessoas acham que não há oportunidades para empresas desse setor”, diz.

Parceria com a EDP

O Starter Acceleration Program, que já está com as inscrições abertas, funciona de um jeito diferente de outros programas.

Ao invés de um intensivo, a EDP oferece uma mentoria de duas semanas. Assim, executivos de startups fazem parcerias e contatos sem perder muito tempo de trabalho.

Depois disso, as melhores startups são convidadas para a final realizada em novembro, em Lisboa, no Web Summit. A vencedora fatura € 50 mil.

No entanto, segundo Livia, o melhor do programa é a parceria construída com a multinacional.

Por exemplo, a cearense Delfos participou do programa com um serviço de
inteligência artificial para manutenção preditiva de usinas eólicas.

Assim, a empresa cearense recebeu o primeiro aporte da EDP, em parceria com a BMG Uptech, de R$ 1,5 milhão.

“Firmamos uma parceria com a startup pensando no futuro”, diz Livia. “Mais do que mentoria, oferecemos a possibilidade de entrada no grande mercado.”


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