Como será o banco do futuro

A IBM apresentou o robozinho NAO como um possível atendente de banco / Vincent Desailly/Divulgação
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A IBM apresentou o robozinho NAO como um possível atendente de banco / Vincent Desailly/Divulgação
A IBM apresentou o robozinho NAO como um possível atendente de banco / Vincent Desailly/Divulgação

O setor financeiro passa por um momento de transformação. Terminou ontem (23/6) o Ciab, evento de tecnologia da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Conversei com Gustavo Fosse, diretor de Tecnologia e Automação Bancária da Febraban, sobre três das principais tendências apresentadas durante o evento.

Computação cognitiva

Novos sistemas de computação procuram entender o que o usuário quer, e aprender por meio das interações. O exemplo mais conhecido nessa área é o Watson, da IBM.
Durante a Ciab, a IBM apresentou o NAO, robozinho de 58 centímetros de altura, como possível interface para o Watson, falando a respeito de temas como computação cognitiva, blockchain e computação em nuvem.
Segundo estudo da IBM, 88% das instituições financeiras têm a intenção de investir em projetos cognitivos. Como é o caso do Banco da Brasil, que desenvolveu uma solução de atendimento ao cliente, usando voz, baseado no Watson.

Blockchain

Blockchain é a tecnologia por trás da moeda digital bitcoin. Trata-se de um sistema distribuído de banco de dados que registra transações em vários pontos da rede simultaneamente.
Sua estrutura garante a identificação segura das partes, e reduz a possibilidade de fraudes. O blockchain também dispensa o uso de câmaras de compensação, o que reduz o custo das transações e torna o sistema mais rápido.
“Estudamos hoje se a tecnologia em si é realmente escalável”, explica Fosse. “Se não vai capotar.”

Fintechs

As startups de serviços financeiros, também chamadas de fintechs, são um dos setores mais quentes do mercado de tecnologia hoje. Normalmente, cada uma delas é especializada num serviço.
O cartão de crédito Nubank é uma das fintechs mais populares no Brasil. Há quem acredite que, num futuro próximo, o banco poderá ser substituído por um conjunto de aplicativos no celular.
“Enxergamos as fintechs como oportunidade”, diz o diretor da Febraban. “No mundo, existem dois modelos de relacionamento entre bancos e fintechs. Na Europa, as instituições têm buscado parcerias, enquanto que, nos Estados Unidos, existe mais um ambiente de concorrência.”
No Brasil, os bancos têm traçado diferentes estratégias para se aproximarem das fintechs. O Bradesco, por exemplo, tem o InovaBra, um programa de inovação aberta que apoia startups com potencial de se tornarem parceiras.
Já o Itaú criou o Cubo, um espaço de coworking e de eventos, em parceria com o fundo Redpoint eVentures, para reunir startups das mais diversas áreas.
Neste ano, pela primeira vez, o Ciab promoveu o Fintech Day, com o objetivo de promover negócios entre bancos e fintechs.


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