Festival Path: Smart living possibilita novas formas de morar

Stella Hiroki aponta maneiras de viver melhor nas cidades / inova.jor
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Smart living: Stella Hiroki aponta maneiras de se viver melhor nas cidades / inova.jor
Stella Hiroki aponta maneiras de viver melhor nas cidades / inova.jor

A tecnologia tem ampliado o horizonte das pessoas. Com espaços inteligentes, podemos criar cidades organizadas e conectadas com seus habitantes, adotando o conceito de smart living.

Esse foi o tema da apresentação Smart Living: novas formas de morar, apresentado ontem (1/6) no Home Festival Starbucks at Home, no Festival Path.

Stella Hiroki, pesquisadora de tecnologia e smart cities, discutiu maneiras de se viver melhor nas cidades.

Mas, afinal, o que é smart living? “Eu achava que era casa que pisca, geladeira que fala, água que esquenta sozinha. Mas não é nada disso”, afirmou a palestrante.

Segundo ela, smart living é uma forma de viver de maneira mais conectada. E não necessariamente com o seu fogão ou com o seu celular, mas com todo seu entorno.

“É uma compilação de moradias com padrões de sustentabilidade. Além de ter uma interação maior com lazer, trabalho e educação na cidade. E tudo isso finaliza com a coesão social”, resumiu.

“Smart living permite um diálogo mais rápido e eficiente com esse espaço em que eu vivo.”

Como ter uma vida inteligente

Há uma evolução social e individual para que espaços, cidades e países alcancem a smart living.

Primeiro, é preciso que as pessoas enxerguem o próprio espaço urbano como um grande terreno de oportunidades.

“Entendo nossa convivência em espaço urbano como uma grande conversa. Acredito que conseguimos fazer muito mais no agora do que se ficarmos pensando no futuro ”, diz Hiroki.

Além disso, é preciso parar de seguir modelos estrangeiros como se fossem impecáveis e ideias para todos os espaços.

Muitas vezes, as particularidades e os desafios de uma cidade podem servir mais de inspiração do que tecnologias vindas de fora.

“Deveríamos fazer nosso modelo, nossa plataforma”, ressalta Hiroki.

Por fim, é preciso colocar o cidadão no meio da roda de inovação da cidade.

“A smart city só vai funcionar ao falarmos em cidadãos inteligentes. São pessoas que o governo vai apoiar com uma educação de qualidade”, disse Stella.

“Quando tiverem isso, elas conseguem colocar a criatividade em prática. Se tornam mais empreendedoras. Vai tornar o ecossistema daquela cidade muito mais sustentável”, disse Stella.

O futuro do smart living

É preciso pensar além da visão estereotipada de futuro sobre cidades inteligentes. Nada parecido com Os Jetsons. Ou com cidades lotadas de prédios altos e espelhados.

“Teremos uma vida muito mais integrada com o meio-ambiente. O jardim não será mais lá fora. Será dentro de casa. E a acessibilidade será cada vez mais importante”, disse Stella.

“Além disso, vamos captar dados de todos os lugares. Um poste não será só um poste. Será um sensor para captar ainda mais informações e ajudar no diálogo com as pessoas”.

Portanto, a mobilidade também precisará ser repensada e servir para diversas funções.

Em Melbourne, na Austrália, há um exemplo disso. Um bonde, além de transportar as pessoas, também serve de restaurante em alguns de seus vagões, num projeto para revigorar o centro da cidade.

“É uma forma de reimaginar espaços urbanos e fazer com que as pessoas dialoguem com a cidade.”

Já a concepção do formato de moradia terá aspectos diversos. Cada um com seus benefícios e desafios.

As tiny houses, por exemplo, acomodam pessoas em espaços extremamente pequenos e sobre rodas. Mas elas são apenas espaços de transição e que acabam diminuindo a sensação de pertencimento.

Por fim, as moradias compartilhadas permitem uma redução no custo de vidas, mas é preciso pensar numa coexistência mais confortável para todos.

“As pessoas ainda terão gostos, vontades e desejos diferentes. E a cidade vai acompanhar isso, mesmo sendo smart living”, concluiu.

A palestrante apontou que, no Brasil, já existem bons projetos que apontam nessa direção.

Um deles é o Edifício Dandara, no centro de São Paulo, que estava abandonado e foi revitalizado numa parceria público-privada, para abrigar famílias da Unificação das Lutas de Cortiço e Moradia.

Home festival

O Home Festival é um projeto da Starbucks At Home que promove conversas sobre temas atuais em casas icônicas de São Paulo.

Nos dias 1º e 2 de junho, a Casa das Rosas recebe o projeto, com palestras, painéis e workshops do Festival Path e degustação de cafés Starbucks At Home.

Confira a programação do Home Festival neste fim de semana no site do Festival Path.

Os Jetsons não são bom exemplo de smart living, segundo Stella Hiroki / inova.jor
O Brasil já tem bons exemplos de smart living, segundo Stella Hiroki / inova.jor

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