Cinco tendências tecnológicas que revolucionam mercados

Painel em evento da FGV discutiu as tendências tecnológicas e seu impacto no futuro do Brasil / Maria Cristina Gonçalves/Divulgação
Compartilhe

Painel em evento da FGV discutiu as tendências tecnológicas e seu impacto no futuro do Brasil / Maria Cristina Gonçalves/Divulgação
Painel em evento da FGV discutiu as tendências tecnológicas e seu impacto no futuro do Brasil / Maria Cristina Gonçalves/Divulgação

Passamos por um momento de transição. O smartphone, que modificou hábitos de consumidores e transformou mercados nos últimos anos, parece ter se tornado uma tecnologia madura.
Os resultados de tendências com internet das coisas, big data e computação em nuvem apenas começam a aparecer.
Ontem (30/11), participei do evento Temos Futuro? Possíveis Caminhos para o Brasil, na FGV EAESP.
O painel em que conversei com os professores Miguel Sacramento e José Carlos Barbieri discutiu os impactos socioeconômicos da evolução tecnológica.
Na minha apresentação (disponível abaixo), destaquei cinco tendências que têm potencial de revolucionar a vida das empresas.

1. Toda empresa é uma empresa de tecnologia

A afirmação não é nova. Mas, há alguns anos, era somente uma ideia, enquanto que hoje é realidade.
Um exemplo disso é a GE, que quer se tornar uma das 10 maiores empresas de software até 2020, com sua plataforma Predix, de coleta e processamento de informações provenientes de máquinas industriais.
Seu presidente, Jeff Immelt, afirmou recentemente: “Se você foi se deitar na noite passada como uma empresa industrial, vai levantar como uma empresa de software e análise de dados”.

2. A era do zettabyte

Um zettabyte equivale a 1 bilhão de terabytes, unidade em que costuma ser medida a capacidade de armazenamento dos discos rígidos que usamos atualmente.
Vivemos a era do zettabyte. Um estudo da EMC (empresa que hoje pertence à Dell) mostrou que, em 2013, a informação digital disponível no mundo chegava a 4,4 zettabytes.
A expectativa é que, em 2020, esse volume seja dez vezes maiores, somando 44 zettabytes.
Essa tendência também se verifica no tráfego da internet. Pela primeira vez, em 2016, o volume anual de dados transportados por redes IP (sigla em inglês de protocolo de internet) em todo mundo deve superar 1 zettabyte.
Segundo estudo da Cisco, deve alcançar 1,1 zettabyte.

3. A era do gigabit

Há seis anos, quando foi lançado nos Estados Unidos o Google Fiber, a 1 gigabit por segundo, muita gente considerou a velocidade irrealista.
O Google Fiber foi cancelado recentemente, mas o pacote que ele oferecia já não parece mais coisa de empresa de internet que quer pressionar operadoras de telecomunicações.
A chamada Lei de Nielsen diz que a velocidade de conexão de um usuário de alto padrão cresce 50% ao ano. Jakob Nielsen fez essa constatação em 1998 e dados empíricos têm confirmado a tendência até agora.
Pela projeção, a velocidade típica chegará a 1 gigabit por segundo em 2018, pelo menos no mercado americano.
Além disso, a quinta geração das comunicações móveis (5G), cujo padrão ainda não foi definido, tem conseguido garantir conexões individuais de até 12 gigabits por segundo em testes de campo.
A promessa da 5G é garantir uma experiência parecida com a conexão de fibra óptica em comunicações móveis. O padrão deve ser definido até 2019.

4. A era do milissegundo

A 5G promete latência (tempo de resposta) de até 1 milissegundo. Para se ter uma ideia, a quarta geração (4G), disponível atualmente, tem latência um pouco menor do que 100 milissegundos.
O tempo de resposta super-rápido permitirá aplicações como carros autônomos e telecirurgia feita por robôs.

5. A voz é a nova interface

Depois de décadas de domínio da interface gráfica do usuário, as pessoas vão cada vez mais conversar com seus dispositivos eletrônicos, sem terem de usar nenhuma tela.
Assistentes virtuais como Alexa (Amazon), Siri (Apple), Cortana (Microsoft) e Google Assistant tornam-se cada vez mais sofisticados, assim como sistemas de inteligência artificial como o Watson (IBM), que pode servir de motor para esse tipo de aplicação.
A interface gráfica do usuário, que foi apresentada por Douglas Engelbart em 1968, desenvolvida pela Xerox na década de 1970 e popularizada pelo Macintosh e pelo Windows a partir de meados da década de 1980, estará cada vez menos presente em nossas vidas.


Compartilhe
Publicação Anterior

Fintech criada pela Caixa quer mudar o mercado de seguros

Próxima Publicação

Transformação digital pode demorar no Brasil

Veja também