Realidade virtual atrai investimento no Brasil

A VR Monkey foi uma das oito startups escolhidas pelo Programa de Promoção da Economia Criativa / Divulgação/VR Monkey
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A VR Monkey foi uma das oito startups escolhidas pelo Programa de Promoção da Economia Criativa / Divulgação/VR Monkey
A VR Monkey foi uma das oito startups escolhidas pelo Programa de Promoção da Economia Criativa / Divulgação/VR Monkey

A startup paulistana VR Monkey, que desenvolve soluções de educação em realidade virtual, é uma das empresas escolhidas para participar do Programa de Promoção da Economia Criativa.
Parceria entre Samsung, Associação de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e Centro de Economia Criativa e Inovação da Coreia do Sul, o programa prevê investimento de US$ 5 milhões em 50 startups brasileiras até o fim de 2020.
Criada inicialmente para desenvolver jogos móveis, a VR Monkey mudou o rumo dos negócios com a ajuda de um investidor anjo. A empresa viu no edital do programa uma forma de se organizar e expandir.
“Queríamos divulgar a qualidade atual da tecnologia de realidade virtual, demonstrar que existem diversas possíveis soluções e que elas estão ao alcance de todos para melhorar não só negócios e treinamentos, mas também mudar a forma como encaramos a educação e o entretenimento.”, diz Pedro Kayatt, cofundador da VR Monkey.
Desenvolvido na Coreia do Sul, o modelo do programa foi adaptado ao Brasil pela Anprotec. “O modelo foi criado para nações em desenvolvimento e o Brasil foi escolhido como o primeiro país fora da Coreia do Sul a receber o projeto. A equipe da Anprotec foi até a Coreia para receber treinamento para adaptar e traduzir o projeto”, diz Antonio Marcon, coordenador do Programa de Economia Criativa e gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Samsung Brasil.
O programa começou em outubro de 2015, com o lançamento do edital de inscrição de startups. Segundo os organizadores, aproximadamente 100 startups se inscreveram.
A VR Monkey foi uma das oito escolhidas por representantes das cinco incubadoras que participam do programa, Samsung e Anprotec. Completam a lista das startups escolhidas Mind the Graph, Sinapse Virtual, Optix Imagens Médicas, Doutor Recomenda, Dev Tecnologia, Reminds e OOBJ Noov.
As incubadoras são responsáveis por acompanhar de perto os trabalhos. Já a mentoria jurídica, financeira e de comunicação, por exemplo, fica a cargo da Anprotec. Os custos e aporte financeiro são responsabilidade da Samsung, única patrocinadora do projeto.
“Cada startup recebe uma bolsa no valor mínimo de R$ 140 mil. Caso verifiquemos que a empresa já possui uma maturidade elevada e que precisa apenas de orçamento para decolar, podemos disponibilizar mais recursos para ela”, disse Marcon.

Parceria exclusiva

Ao fim do processo, a startup assina com a Samsung um acordo de exclusividade na implementação da tecnologia desenvolvida pela nova empresa. O período de parceria pode variar entre seis meses e um ano.
“Esse acordo pode acontecer de duas formas: a startup pode nos fornecer a tecnologia para ser usada em uma plataforma Samsung ou compartilhar conosco as receitas da comercialização dessa solução tecnológica no mercado externo.”, completa Marcon.
A Samsung tem um interesse especial na área de realidade virtual, por causa de seus óculos Gear VR, que usam tecnologia da Oculus VR, empresa do Facebook. No Mobile World Congress 2016, que aconteceu no mês passado em Barcelona, a empresa lançou uma câmera para vídeos 360º.
Maio é o mês previsto para acontecer a nova rodada de convocação de startups. O edital permitirá a inscrição de empresas com mais de seis meses de existência, que possuam a inovação como característica, além de modelo de negócios consistente, de acordo com a avaliação dos organizadores.


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