Cada vez mais, o mercado de dados exige a atenção de executivos e empresas.
Não somente pelo crescimento do número de informações disponíveis para diversos segmentos da economia, mas também pelas demandas de segurança exigidas para trabalhar com informações críticas.
Essas operações requerem sistemas eficazes de segurança e proteção para que informações confidenciais não fiquem vulneráveis às ameaças.
Relatório recente divulgado pela consultoria Frost & Sullivan mostra que o serviço de gerenciamento e monitoramento de ameaças foi o mais demandado na América Latina em 2017, com mais de 70% de participação, seguido por serviços de inteligência, detecção e remediação contra ameaças cibernéticas.
O Brasil representa 39% do mercado.
Outro levantamento da consultoria mostra também que a internet das coisas (IoT) chegará a 50 bilhões de conexões ao redor do mundo em 2023.
A América Latina é a região com o maior crescimento esperado (26,7%), tendo o Brasil como maior mercado (45% do total).
Nesse cenário, ao mesmo tempo em que o crescimento do mercado de dados traz benefícios para as empresas, com aumento das informações disponíveis para análise de clientes e aperfeiçoamento das operações em todos os setores produtivos, também há mudança na demanda das companhias por sistemas de proteção e segurança.
Proteção de dados
Na Europa, a General Data Protection Regulation (GDPR), lei de proteção de dados aprovada no primeiro semestre deste ano, mostra como diversos setores da sociedade estão aumentando sua preocupação com a proteção de informações pessoais que estão disponíveis na rede.
No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados também foi aprovada e vai exigir mudanças significativas na estrutura das empresas, o que mostra uma preocupação crescente do governo brasileiro com a administração dos dados.
De acordo com a Frost & Sullivan, há uma mudança na demanda das empresas por soluções de segurança.
A consultoria aponta que, agora, a busca é por serviços que solucionem efetivamente os problemas de segurança encontrados nos computadores e demais dispositivos, e não apenas emitam alertas para os usuários.
Esse movimento, certamente, decorre do aumento exponencial de dados, que acarreta o crescimento das vulnerabilidades.
O último relatório de ciberataques da Security4IT mostrou um aumento no número de arquivos analisados.
A cada novo relatório, o número de arquivos escaneados aumenta.
Isso mostra que o trabalho de cibersegurança não deve ficar restrito a reportar alertas quando alguma ameaça invade os sistemas de informação, mas sim atuar diretamente na prevenção e análise das informações.
Uma política de segurança cibernética bem estruturada, apoiada por uma equipe especializada para a detecção e correção de ameaças, proporciona ambientes cada vez mais seguros e garante a eficiência das operações.
- Cassio David Pereira é diretor financeiro da Security4IT