O que os dados dos clientes da TIM dizem sobre o Rio

Compartilhe

Os dados do Big Data da TIM serão monitorados no Centro de Operações da Prefeitura do Rio / Renato Cruz / Inovajor
Os dados do big data da TIM serão monitorados no Centro de Operações da Prefeitura do Rio / Renato Cruz/inova.jor

RIO
A prefeitura do Rio de Janeiro vai receber informações sobre a localização de clientes da TIM Brasil durante os Jogos Olímpicos.
A parceria é a primeira de um novo projeto da operadora, que passa a disponibilizar informações de big data para governos e empresas privadas.
Os clientes com chips habilitados pela TIM possuem registros de uso de serviços como mensagens de texto, tráfego de voz e ligações ao call center monitorados e gravados a cada dois segundos.
Em média, 6 bilhões de registros são processados por dia pelo sistema de big data da empresa.
Luis Minoru, chefe do departamento de estratégia da TIM Brasil, explica que a parceira faz parte de projetos de inovação e tem como foco gestão de megaeventos e soluções para cidades inteligentes (smart cities).
“Iremos analisar os celulares ligados na rede da TIM para avaliar a concentração de usuários em determinados pontos da cidade e repassar esses dados para a prefeitura. Caberá a eles definir então estratégias de mobilidade, por exemplo”, explicou Minoru.
Os dados serão enviados a cada meia hora para a prefeitura, mantendo o anonimato de clientes e de usuários da rede em modo roaming, segundo o executivo.
“A parceria com a prefeitura do Rio será inicialmente de três meses, focada nos jogos, mas que pode ser renovada. Além disso, estamos abertos a parcerias com outras instituições, inclusive com empresas privadas”, disse, ao enfatizar que a TIM ainda não definiu um modelo de ganhar dinheiro com o novo projeto.
Na terça-feira, a TIM já havia informado que planeja oferecer seu sistema de big data para startups.

Estrutura

A TIM anunciou ainda que irá aumentar a cobertura de tráfego de dados durante a Olimpíada. Leonardo Capdeville, diretor de tecnologia da TIM Brasil, garante que a empresa está pronta para atender a demanda de usuários interessados em, principalmente, compartilhar vídeos.
“O evento será o maior do mundo e o mais conectado. Os jogos são um gatilho para transformar o Rio de Janeiro num laboratório de conectividade”, diz Capdeville.
Segundo o executivo, ao contrário dos jogos da Copa do Mundo de 2014, a expectativa é de que a maioria dos usuários da Olimpíada trafegue em 4G. São esperados em média 70% dos clientes TIM no Rio de Janeiro usando a tecnologia, comparados a 30% em 3G.
“À época da Copa a tecnologia 4G era muito incipiente. Agora o consumidor mudou e precisa de mais dados para publicar vídeo, por exemplo”, explica o diretor.
Para garantir a segurança da redem serão investidos R$ 14 bilhões em estrutura de rede até 2018. A expectativa é que tenham um pouco mais de 1 mil antenas na cidade para atender os jogos.
O VoLTE (sigla em inglês de chamadas em rede 4G) e o wi-fi calling (chamadas em rede wi-fi) são outras duas tecnologias da empresa passarão por testes na Olimpíada.
Um grupo fechado de pessoas, escolhidas pela TIM, testará o serviço de vídeo e voz por 4G e o de chamadas via wi-fi.
“Com o VoLTE será possível fazer chamadas de alta definição de voz e vídeo com a tecnologia IMS (sigla em inglês de IP Multimedia Subsystem) trafegando sobre a rede 4G. Já o wi-fi calling permitirá realizar chamadas mesmo em locais com deficiência de sinal de rede”, explica Capdeville.
As duas tecnologias ainda não têm data para entrar no mercado. A empresa também não informou como cobrará pelos dois serviços.

  •  A repórter viajou a convite da TIM

Compartilhe
Publicação Anterior

Embraco: ‘Números frios podem matar boas ideias’

Próxima Publicação

Venda do Yahoo marca o fim de uma era

You might be interested in …

Tecnologias como rede mesh e Sigfox prometem conectar dispositivos no campo / Christophe Becker/Creative Commons

Novas tecnologias prometem levar internet para o campo

Compartilhe

CompartilheO agronegócio é um dos setores prioritários do Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), divulgado neste mês. Um desafio nessa área é levar conectividade para as aplicações. Segundo o Ministério […]


Compartilhe
Tecnologia de smart grid permite manutenção mais eficiente das redes / Divulgação

O que falta para a rede elétrica inteligente decolar no Brasil

Compartilhe

CompartilheA rede inteligente, também chamada de smart grid, torna os serviços de fornecimento de energia elétrica mais eficiente. Equipados com sensores, dispositivos conectados reduzem falhas, fraudes e desperdícios, agilizam a manutenção da rede e permitem a oferta […]


Compartilhe
Douglas Brito, da Avantia, Edson Matos, da Elissa Village, e Silvio Juppa Jr., da Blanik, falam sobre visão computacional no inova.jor cast

Como a visão computacional ajuda a proteger idosos

Compartilhe

CompartilheA visão computacional pode ajudar a garantir a segurança de idosos. Douglas Brito, gerente comercial da Avantia, Edson Matos, CEO do Elissa Village, e Silvio Juppa Júnior, consultor de implantação da Blanik, conversam sobre monitoramento […]


Compartilhe