Quais são os planos da TIM para startups

Luis Minoru, diretor de estratégia da TIM, anunciou parceria com o Cubo / Renato Cruz/inova.jor
Compartilhe

Luis Minoru, diretor de estratégia da TIM, anunciou parceria com o Cubo / Renato Cruz/inova.jor
Luis Minoru, diretor de estratégia da TIM Brasil, anunciou parceria com o Cubo / Renato Cruz/inova.jor

A TIM quer se aproximar do ecossistema brasileiro de startups. O primeiro passo foi uma parceria com o Cubo Coworking Itaú, anunciada hoje (19/7).
Por enquanto, os planos não preveem investimento financeiro. Mas a operadora não descarta pegar participação societária em empresas iniciantes em troca de acesso a ativos como sua base de 67 milhões de clientes, sua plataforma de big data que processa 6 bilhões de registros de chamadas por dia ou seu serviço de bilhetagem.
“Queremos encontrar empresas que nos tornem mais ágeis”, afirma Luis Minoru, diretor de Estratégia da TIM Brasil. “As operadoras têm capacidade de manter seu negócio principal e passar por um processo de transformação”
Minoru citou um estudo da Ovum que aponta como maiores ameaças às empresas estabelecidas as tecnologias novas e disruptivas e os competidores de fora do seu setor.
Para Minoru, a competição que vêm das empresas de internet pode ser uma oportunidade de rentabilizar ativos da TIM. A parceria com startups poderia tanto melhorar processos internos da operadora quanto dar origem a novos serviços e fontes de receita.
“No Brasil, as operadoras são mais que parecidas. Elas são odiadas igualmente. O serviço tornou-se muito barato, menos de R$ 1 por dia para acessar a internet, mas as pessoas não reconhecem valor”, reconhece Minoru.

Corporate venture

Janilson Bezerra, diretor de Inovação e Desenvolvimento de Negócios da TIM Brasil, destaca que a operadora optou por um modelo diferente do que está na moda, o de corporate venture (investimento financeiro em startups).
“Analisamos mais de 20 programas de corporate venture”, afirma o executivo.
Para Rogério Takayanagi, diretor de Marketing da TIM Brasil, um programa de corporate venture pode engessar o relacionamento entre uma grande companhia e uma empresa iniciante.
“Queremos evitar a tendência de usar o mesmo olhar de quem instala uma antena”, explicou Takayanagi.
O israelense Uri Levine, fundador do Waze, participou recentemente do anúncio da nova marca da TIM em São Paulo.
Quando lançou o aplicativo no Brasil, antes de o Waze se tornar o sucesso que é hoje, o empreendedor chegou a procurar a operadora para firmar uma parceria, mas foi esnobado.
“Dois anos depois, quando lançou o Moovit, nós falamos: essa eu não perco”, contou o diretor de Marketing da TIM. A operadora ofereceu três meses de dados gratuitos para o aplicativo, além de embarcá-lo nos celulares.
Atualmente, o Moovit tem 13 milhões de usuários no Brasil (comparados a 10 milhões do Waze), com cerca de 25 mil downloads por dia.
Com seu programa de startups, a TIM Brasil quer evitar que se repitam episódios como o do Waze.


Compartilhe
Publicação Anterior

Como as startups contribuem para a economia

Próxima Publicação

IBM: ‘Cibercrime é a máfia do século 21’

Veja também

Por que o empreendedor precisa tomar cuidado com as contas

Compartilhe

CompartilheNo começo do ano passado, a americana Intuit comprou a startup brasileira ZeroPaper, que desenvolveu um sistema para pequenas empresas controlarem suas contas. André Macedo, cofundador da ZeroPaper, está hoje à frente da operação brasileira da […]


Compartilhe