Quando a televisão digital aberta chegou ao Brasil, em 2007, os televisores de alta definição, ou full HD, mudaram a forma de consumir TV no País, com áudio e imagens de qualidade.
Quase dez anos depois, a ultra-alta definição, também chamada de UHD ou 4K, garante uma resolução quatro vezes maior que a tecnologia anterior.
Os pixels são os pontos que formam a imagem. Num aparelho full HD, há em média 2,1 megapixels, frente a 8,3 megapixels de um UHD.
Os fabricantes têm apostado na nova tecnologia. Em 2015, o mercado global de 4K cresceu 173% em relação ao ano anterior, e a expectativa é que a expansão se mantenha em ritmo acelerado.
A sul-coreana Samsung tem 60% do atual portfólio com essa tecnologia. Com isso, a empresa estima que esse tipo de televisão some 41% das vendas até o fim do ano.
“As televisões 4K não são algo de momento”, afirma Erico Traldi, gerente sênior de eletrônicos de consumo da Samsung Brasil. “Produtores de conteúdo como Globo, Netflix e YouTube já perceberam isso também. Em pouco tempo, os consumidores brasileiros também vão notar essa tendência.”
Ainda não existem canais em 4K disponíveis no Brasil. Os conteúdos nesse formato são oferecidos hoje em serviços via internet. Traldi projeta que a tecnologia estará presente em 53% das TVs Samsung vendidas no próximo ano.
Preço alto
A atual situação econômica do País e os preços ainda elevados dessa tecnologia, no entanto, tendem a dificultar a chegada desses novos aparelhos às casas brasileiras.
Divulgado neste mês, o último relatório da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) aponta queda de 28% na vendas de televisores no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
Dentre os aparelhos vendidos, 50% possuem as tecnologias mais recentes.