CES 2016: Internet das coisas ainda demora a acontecer

Brian Krzanich, presidente da Intel, apresenta patinete que vira robô da Segway
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Brian Krzanich, presidente da Intel, apresenta patinete que vira robô da Segway
Brian Krzanich (dir.), presidente da Intel, apresenta patinete que vira robô da Segway

LAS VEGAS
O mercado de eletrônicos passa por um momento único. Sensores e rádios de baixo custo podem permitir, em breve, que todas as coisas sejam conectadas. Tendências quentes do setor – como internet das coisas, big data, computação em nuvem e mobilidade – se entrelaçam de uma maneira que é difícil de encontrar uma aplicação que não combine mais de uma delas. Os mais diversos produtos incorporam conectividade e localização.
A CES 2016, feira de eletrônicos que aconteceu em Las Vegas na semana passada, mostrou várias possibilidades abertas por essas tendências, mas os dispositivos ainda estão longe de permitir um uso realmente integrado, que explore as potencialidades da tecnologia. A internet das coisas – que inclui vestíveis, carros conectados e casas inteligentes – ainda demora alguns anos para se tornar realidade.

Potencial

A consultoria Gartner estima que, este ano, o total de coisas conectadas no mundo chegará a 6,4 bilhões, um crescimento de 30% sobre 2015. Neste ano, 5,5 milhões de novas coisas devem ser conectadas por dia. O volume de recursos movimentados por esse mercado deve chegar a US$ 235 bilhões em 2016, um avanço de 22% sobre o ano passado. A previsão é que o total de coisas conectadas alcance 20,8 bilhões em 2020.

O tema internet das coisas dominou a apresentação de alguns dos principais palestrantes da CES, como Brian Krzanich, presidente da Intel, e W.P. Wong, presidente da Samsung SDS, empresa de serviços de tecnologia da informação do grupo sul-coreano.

Eles convidaram vários parceiros para a apresentação. A Intel, por exemplo, apresentou a nova versão do patinete Segway, que se transforma num robô que entende comandos de voz.

A CES 2016 traça um cenário em que:

  • teremos todos os dispositivos da casa conectados;
  • vamos nos locomover em carros autônomos ou drones capazes de transportar seres humanos;
  • assistiremos a vídeos em telas flexíveis ou projetados em qualquer superfície;
  • carregaremos no corpo sensores que farão um acompanhamento em tempo real de nossas atividades e de nossa saúde;
  • teremos em robôs assistentes pessoais que ajudarão nas atividades da casa e do trabalho;
  • deixará de haver barreiras entre o mundo digital e o físico, com sistemas cada vez mais sofisticados de realidade virtual e realidade aumentada.

Esse cenário tem boa chance de se concretizar, mas a tecnologia ainda não é madura o suficiente.
A geladeira inteligente fará realmente sentido quando os alimentos vierem com etiquetas inteligentes e invólucros que reconhecem se continuam bons para o consumo, avisando o refrigerador. Por enquanto, temos várias opções de dispositivos conectados, mas a integração deles numa única rede ainda é difícil.

  • O jornalista viajou a convite da Samsung


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