A pandemia da covid-19 teve impactos enormes na economia e em comportamentos de consumo.
Com a imposição do distanciamento social, consumidores buscam canais digitais para satisfazer suas necessidades e vontades de compra.
Ao mesmo tempo, marcas têm de se adaptar rapidamente para não perder contato com seus clientes e, se possível, até capitalizar com a mudança de comportamento deles.
O impacto é ainda maior sobre as pequenas e médias empresas (PMEs). Com menos pontos de contato com seus clientes e menos recursos para investir na digitalização dos canais e formatos de entrega de seus serviços, esse tipo de empresa precisa de soluções eficientes para se digitalizar e minimizar efeitos da crise.
Dentre os canais digitais, um deles claramente se destaca no público brasileiro – os aplicativos.
Dados das empresas App Annie, Comscore e Button provam isso:
- O Brasil é o terceiro país do mundo em que as pessoas mais passam tempo em aplicativos.
- De todo consumo de internet no país, mais de 70% do tempo é gasto em celulares.
- No celular, 91% do tempo é gasto em apps – versus 9% em navegadores. O brasileiro passa em média 3h40 por dia em apps.
- Apps apresentam uma taxa de conversão em vendas 157% maior do que sites mobile
Todos esses dados ainda se referem ao período antes da pandemia e antes das necessidades de consumo terem ficado mais digitais.
Mobilidade
Desde o início da quarentena, a presença de apps na vida do brasileiro tem aumentado ainda mais.
Segundo dados da Flowsense, empresa brasileira líder em engajamento de clientes em apps e push notifications, o volume de usuários usando aplicativos no país cresceu 28,4% desde o início da quarentena.
Todo esse movimento tem levado grandes empresas a investirem pesado em seus apps e canais digitais.
Mas, e as PMEs? Como podem se adaptar e aumentar suas vendas em aplicativos?
Vantagens e desvantagens
A primeira decisão é entender o que faz mais sentido: ter um app próprio e/ou vender através de canais terceiros – marketplaces como iFood ou Rappi para restaurantes; ou Americanas.com ou Mercado Livre para varejistas.
Vender em canais terceiros gera praticidade, pois é possível aproveitar a estrutura e o tráfego deles, ainda que dividindo essa atenção com outras marcas e pagando comissões sobre vendas.
Há diversas referências na internet sobre como vender melhor em marketplaces, então não vamos nos aprofundar nesse ponto aqui.
Possuir um app próprio traz vantagens como:
- Maior controle sobre a marca e comunicação;
- Possibilidade mais profunda de compreensão de dados e personalização;
- Elimina a necessidade de pagar taxas a terceiros e a dependência deles;
- Contato muito mais próximo entre marca e cliente.
Traz também desafios de gestão, desenvolvimento e operação do app para a empresa que o decide publicar.
Uma regra que ajuda a tomar a decisão sobre investir em um app para sua marca é a seguinte: minha empresa terá a capacidade de desenvolver (de maneira interna ou subcontratando) um app, operá-lo no dia-a-dia em termos técnicos e de comunicação, gerar downloads para esse canal, e atender sua demanda?
Se sim, desenvolver ou atualizar seu app próprio parece fazer bastante sentido.
Por um lado, todo esse ciclo pode parecer bastante complicado.
Por outro, talvez o momento seja mais propício do que nunca para tomar esse passo.
Acredito que muitas PMEs se surpreenderiam com a quantidade de conteúdo, apoio, ferramentas (inclusive o Facebook Small Business e a plataforma Flowsense), créditos em mídia concedidos pelo Google, créditos em infraestrutura de TI, entre outros, que estão disponíveis de forma gratuita ou a preços promocionais durante a pandemia.
Experiência digital
Uma vez tomada a decisão de investir em app próprio, seja criando um novo ou melhorando um app já existente, a chave para gerar vendas digitais é oferecer a melhor experiência digital possível para seu cliente.
Pode parecer clichê, mas é impressionante notar quantas empresas no dia a dia parecem se esquecer disso.
Uma boa experiência digital passa por um produto sólido, que consiga oferecer um fluxo de compras simples e lógico para o cliente; e por uma estratégia de comunicação personalizada, que automatize réguas e fluxos de comunicação de acordo com a jornada e as preferências de cada cliente.
Como mencionado anteriormente, esses pontos podem ser intimidadores em um primeiro momento, mas tenho certeza que aqueles que se aprofundarem encontrarão soluções surpreendentemente simples e efetivas (como a Flowsense) para esses desafios mobile.
Compras online ainda correspondem a cerca de 5% das vendas do varejo brasileiro, enquanto em países como China essa fatia chega a 30%.
Esse número já vinha crescendo nos últimos anos, e certamente dará um salto acelerado com a crise atual.
Como vimos, apps têm lugar de destaque na migração para o consumo digital no Brasil.
Pequenas e médias empresas que conseguirem se posicionar para capturar a explosiva demanda por compras em apps seguramente terão recompensas enormes.
- André Bain é CEO da Flowsense
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