O mercado bancário brasileiro é altamente concentrado, com spreads (diferença entre as taxas básicas e os juros efetivamente cobrados) elevados e tarifas em ascensão.
Essa situação beneficia o surgimento de fintechs, empresas de base tecnológica que oferecem serviços financeiros.
Um estudo divulgado recentemente pela Associação Brasileira de Fintechs (AB Fintechs) e pela PwC Brasil mostrou, no entanto, que a atuação dessas empresas ainda é limitada, apesar de o mercado ser bastante promissor.
Foram ouvidos 224 fundadores de fintechs durante o primeiro semestre. Apenas 12% das empresas dizem faturar mais de R$ 10 milhões ao ano.
Investimento
As entrevistas mostraram que o acesso a investimento ainda é uma dificuldade para as fintechs, sendo que 41% dos empreendedores ainda não tiveram acesso a capital.
Mais da metade das empresas que atingiram o breakeven (equilíbrio financeiro) ainda não recebeu investimento.
Mesmo assim, o mercado cresce, sendo que 95% dos empreendedores ouvidos pela pesquisa preveem aumento de receita para este ano.
Os principais segmentos de atuação das companhias são meios de pagamento (25%) e crédito (21%).