Como o big data pode criar atletas do futuro no presente

O Brooklyn Nets melhorou seus resultados com ferramentas de análise de dados / David Jones/Creative Commons
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O Brooklyn Nets melhorou o resultado de seus atletas com ferramentas de análise de dados / David Jones/Creative Commons
O Brooklyn Nets melhorou o resultado de seus atletas com ferramentas de análise de dados / David Jones/Creative Commons

Não faz muito tempo que a Infor fez uma parceria com o Brooklyn Nets com foco em análise de dados e gestão de ativos (EAM, em inglês).
A marca estampou seu logo na camisa do time da NBA e a parceria foi noticiada por diversos veículos de comunicação ao redor do mundo, após o Brooklyn Nets anunciá-la pelo Twitter.
Enquanto isso, a análise de dados já começava a fazer uma grande diferença no dia a dia dos atletas, indo muito além da melhora na performance do time.
Quem acompanha a NBA sabe que o Brooklyn Nets, na temporada passada, não esteve entre os melhores da liga. O time encerrou a temporada regular com o pior desempenho entre as trinta equipes, com 20 vitórias e 62 derrotas.
Então, veio o anúncio da parceria com a Infor, que visava fornecer a capacidade de analisar dados e melhorar a performance dos jogadores.
Este ano, a situação está bem diferente: embora não tenha se classificado para os playoffs, já há mais vitórias que no ano passado, o que garante o Brooklyn Nets não encerre a temporada com a pior campanha, como em 2017.

Engajamento dos fãs

Carmela Borst, da Infor / Divulgação
Carmela Borst, da Infor / Divulgação

Muitos times da NBA, NFL, entre outras ligas, já têm trabalhado com análise de dados e compreendido que o big data pode ir além de criar a estratégia certa para ganhar um jogo.
No entanto, quando se fala do mundo dos esportes, a vitória não é só o que importa.
Há uma série de fatores em jogo, como o engajamento do time com seus fãs, a saúde e o bem estar dos atletas, a preocupação em cuidar do que os fãs não podem ver, como o processo produtivo de carros, bolas e chuteiras, que de certo modo impactam – e muito – a vida das pessoas.
Claro que todos querem ver seus times liderando campeonatos, ganhando títulos, e se destacando na sua modalidade.
No entanto, é preciso chamar a atenção para como o big data pode ir além do básico, porque a transformação digital só faz sentido quando a tecnologia é capaz de humanizar e facilitar a vida de pessoas.
E, quando falamos em seres humanos que representam times, é claro que eles se machucam, e essas contusões podem abalar a performance dele e de toda a equipe. Imagine se tudo isso fosse monitorado?
Já existem casos de “jogadores do futuro” no tempo presente aproveitando as vantagens do big data para a sua recuperação, como foi o caso do jogador Jeremy Lin, do Brooklyn Nets, que machucou o pé e precisou se recuperar para voltar às quadras.
Graças às câmeras instaladas nas arenas e a capacidade de coleta de dados, sua quantidade de pulos, passos e esforço físico foram monitoradas, o que ajudou o atleta a se recuperar mais rápido e de forma mais saudável.

Comunicação multicanal

Vamos um pouco além das contusões, na Nova Zelândia, país que em 2010 teve a cidade de Christchurch devastada por um terremoto, os esportes têm outro brilho. É um ativo importante para a comunidade.
O time de Rugby Cruzaders sentiu a necessidade de estar perto dos fãs no momento de fragilidade da comunidade, e com uso de uma ferramenta de gestão de relacionamento com clientes (CRM, em inglês) foi possível fazer essa aproximação com seu público e melhorar a experiência deles no estádio e a comunicação, que se tornou multicanal e personalizada para uma base de 120 mil usuários.
Com isso, as vendas dos tíquetes aumentaram 10%.
Há outros casos de engajamento com fãs com uso de CRM que vão além da performance, mas refletem a preocupação das marcas com o conforto e a segurança dos seus motoristas.
São as marcas Ferrari e Triumph Motorcycles, conhecidas pela liderança em esportes de alta velocidade. Os ganhos na análise de dados para elas vão além de impactar a vida de pessoas com a melhor interação entre marca e consumidor.
Ferrari e Triumph contam com analytics (ferramentas de análise de dados) em seu processo produtivo, em um cenário em que a performance é um aspecto importante para marcas de esportes.
Na fabricante de motocicletas inglesa, a análise de dados facilita a comunicação entre áreas de negócios e cadeia de suprimentos de todas as fábricas, dando melhor visibilidade à força de vendas.
Já a Ferrari, com o uso de um software para gestão de relacionamento com clientes consegue até personalizar os bancos dos seus motoristas.
Os efeitos podem ser refletidos na segurança dos veículos. Afinal, a visibilidade permite antecipar imprevistos e evitar grandes perdas – não apenas no processo produtivo, mas na vida do ser humano.

Inteligência de dados

Então, não é impossível que, numa Copa do Mundo, os dados gerem inteligência suficiente para ajudar craques a se recuperar após um jogo exaustivo, além de monitorar os passos de cada time para criar a estratégia certa.
Também não é impossível aproximar times dos seus fãs para trazer tranquilidade, emoção, e engajamento de forma mais inteligente.
Já pensou nos impactos que essa força extra teria em melhorar o bem estar e a performance de um time inteiro, e em personalizar a experiência do torcedor?
Eu consigo imaginar a vibração da torcida – mais feliz e engajada – antecedendo o grito que todos querem ouvir: o de gol.

  •  Carmela Borst é diretora sênior de marketing para América Latina da Infor

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