Blockchain é a palavra da vez. Ouvimos falar dessa tecnologia por todo o canto. Dizem que ela chegou para ficar e mudará o mundo como o conhecemos – e é verdade.
Há até quem afirme que ela revolucionará as empresas tanto quanto a internet o fez.
No entanto, mais que o discurso de uma tecnologia aparentemente inalcançável, o blockchain agora começa a se tornar comum e a gerar mais interesse.
Uma pesquisa da Delloite é a prova disso:
- 36% dos executivos de grandes empresas acreditam que o blockchain tem o potencial de melhorar as operações de sistemas, e
- 37% deles indicam a segurança como a principal vantagem da tecnologia.
Com base nisso, preciso dar uma notícia: se você não está nessa estatística hoje, já está atrasado. Logo, logo, todas as empresas estarão correndo atrás do blockchain para transformar suas operações.
Transparente e confiável
Isso porque, mais que a segurança em si, o grande negócio do blockchain é a confiança.
Uma vez construída, validada e integrada à operação, o blockchain constrói uma rede transparente, confiável e praticamente à prova de fraude.
Ou seja – chega de controlar e registrar tudo em planilhas, e-mails e telefonemas. Já imaginou uma vida em que não é preciso formalizar tudo de diversas maneiras diferentes? Incrível, não é?
Outra boa notícia é que essa tecnologia pode ser aplicada a qualquer rede de interesse.
Um exemplo prático é a área de logística e distribuição. Ao criar uma rede própria de blockchain (carinhosamente chamada de rede permissionada), a companhia pode convidar seus parceiros, clientes e fornecedores a participar.
Com isso, é possível acompanhar o trajeto de um item desde a chegada ao estoque, venda, pagamento, saída do centro de distribuição, até o trajeto realizado pelo transporte e a entrega ao destinatário.
Tudo isso numa plataforma que, por ser imutável, também é auditável.
Fins diversos
Já há aplicações de blockchain para diversos fins: autenticação, gestão e comercialização de documentos, obras de arte, títulos e papéis comerciais, músicas, filmes e espaços publicitários.
Diversos bancos brasileiros se uniram para traçar estratégias em parceria com a Febraban, por exemplo, e o primeiro projeto diz respeito ao compartilhamento de dados cadastrais.
O objetivo, na prática, é que haja um banco de dados único, com todas as informações dos clientes criptografadas. Só terão acesso as instituições que o próprio cliente autorizar.
E, caso eu mude meu endereço num banco, por exemplo, todos os outros terão o mesmo dado imediatamente. Prático, transparente, seguro e confiável.
Há, inclusive, estudos semelhantes aplicados a registros de saúde de pacientes. Nada de ficar caçando exames antigos ou contar todo o seu histórico ao doutor a cada consulta.
No futuro, bastará que você autorize o acesso ao seu registro e o profissional verá todo seu histórico médico na tela. Parece maluco?
Pois as opções são infinitas e cada vez mais revolucionárias. Sem dúvida há uma aplicação para sua empresa – e ela já devia estar em andamento.
- Fulvio Xavier é cofundador da Smartchains