Por que a era da nuvem exige armazenamento rápido de dados

Os dados são a nova moeda na quarta revolução industrial / Mikael Hvidtfeldt Christensen/Creative Commons
Compartilhe

Armazenamento: Os dados são a nova moeda na quarta revolução industrial / Mikael Hvidtfeldt Christensen/Creative Commons
Os dados são a nova moeda na quarta revolução industrial / Mikael Hvidtfeldt Christensen/Creative Commons

Independentemente da indústria, a capacidade de transformar dados em inteligência é a nova moeda competitiva no mercado. Hoje, empresas B2C se tornaram companhias de consumo e também de tecnologia.
Para se manterem competitivas em um mercado de bens de consumo cada vez mais saturado, é exigido uma visão em tempo real sobre o que seus clientes querem, onde, quando e como querem.
Na área da saúde, por exemplo, um caso que se tornou sucesso nos Estados Unidos, foi o uso da inteligência artificial (IA) pelos neurorradiologistas da Mayo Clinic.
Com o objetivo de identificar marcadores genéticos nas varreduras de imagem por ressonância magnética, a tecnologia permitiu que os médicos evitassem retirar tecidos de tumores por meio de de procedimentos cirúrgicos invasivos.
Ou o caso da Amazon, na qual a companhia optou pelas mesmas tecnologias utilizadas pelos carros autônomos, como fusão de sensores e IA.

Volume de dados

Wilson Grava, da Pure Storage / Divulgação
Wilson Grava, da Pure Storage / Divulgação

A ascensão da IA foi, em muito, alimentada pela confluência de três tecnologias-chave:

  • deep learning (aprendizagem profunda),
  • processadores da Unidade de Processamento Gráfico (GPUs, na sigla em inglês), e
  • capacidade de armazenar e processar conjuntos de dados muito grandes em alta velocidade.

Em primeiro lugar, o deep learning é um novo modelo de computação baseado em redes neurais massivamente paralelas inspiradas no cérebro humano.
Em vez de profissionais especializados desenvolverem um software, o modelo de deep learning escreve seu próprio software aprendendo com um enorme banco de dados.
Em segundo, o GPU é um processador moderno com milhares de núcleos, o mais adequado para executar algoritmos que representam, de certa forma, a natureza paralela do cérebro humano.
Ambos são avanços importantes, que têm levado as abordagens tradicionais à inovação.
O terceiro item é o big data. Enquanto o volume de dados não estruturados explodiu, o armazenamento legado, construído para guardar esses dados, não sofreu mudanças significativas há décadas.
O deep learning e as GPUs são massivamente paralelas, mas as tecnologias de armazenamento legado não foram projetadas para essas cargas de trabalho – elas foram desenvolvidas em uma era com um conjunto completamente diferente de expectativas em relação aos requisitos de velocidade, capacidade e densidade.
Eles se tornaram um gargalo às organizações que querem transformar o big data em uma grande vantagem por meio da inteligência em tempo real.
Nos últimos dois anos, a quantidade de computação necessária para executar algoritmos de deep learning saltou 15 vezes. O cálculo fornecido pelas GPUs saltou 10 vezes. Em geral, o armazenamento antigo permaneceu estagnado.
Então, o que uma organização moderna precisa em seu storage na era da nuvem? Aqui estão três dicas a serem seguidas:

O armazenamento em nuvem deve ser all-flash

Nos últimos oito anos, a moda da mídia de armazenamento foi uma mudança rápida de sistemas de disco giratório legados para o estado sólido ou 100% flash.
Consumidores de eletrônicos impulsionaram a adoção de flash em massa, substituindo o disco em laptops e telefones, por flash como a nova mídia.
Como um todo, o flash é extremamente mais rápido, sendo um facilitador de inovações e contribuindo para a transformação digital.

O armazenamento da era da nuvem é massivamente paralelo e elástico

Inteligência Artificial, análise avançada, deep learning e programas de aprendizagem de máquinas são projetados para imitar o cérebro humano, o sistema mais paralelo que conhecemos hoje.
Um monte de novos aplicativos modernos, em particular os de IA, são de dimensionamentos projetados e esperam crescer horizontalmente ao longo do tempo. Isso significa que as organizações modernas exigem uma infraestrutura que possa crescer horizontal e verticalmente.
A medida que os projetos crescem e evoluem e que as organizações adquirem e analisam mais dados para obter valor adicional, mais difícil é antecipar completamente as necessidades futuras.
É fundamental para uma organização obter flexibilidade a fim de escalar sua capacidade sem a necessidade de uma rearquitetura completa ou uma substituição dolorosa.

O armazenamento na era da nuvem é simples

A maioria das organizações não tem tempo ou recursos para criar sistemas de armazenamento a partir do zero, nem o número de funcionários suficientes para se dedicar exclusivamente ao gerenciamento desse armazenamento.
As organizações modernas precisam de um storage que simplesmente funcione – alto desempenho, alta densidade, otimizado para qualquer carga de trabalho, sem gerenciamento direto.
A cloud gerou uma grande mudança na expectativa do cliente, e a simplicidade é a palavra de ordem.
Se dados são a nova moeda na quarta revolução industrial, o sistema que entrega dados simplesmente não pode ser baseado em tecnologia projetada décadas atrás.
O armazenamento lento significa um desempenho deficiente da aprendizagem da máquina. Em última análise, grande parte das informações disponíveis permanecem bloqueadas nos dados.
Para aproveitar verdadeiramente a quarta revolução industrial, existe uma grande necessidade de inovação – uma nova plataforma de dados que é reimaginada desde o início da era moderna da análise inteligente.

  • Wilson Grava é vice-presidente da América Latina da Pure Storage

Compartilhe
Publicação Anterior

Allianz e Impact Hub lançam programa de aceleração social

Próxima Publicação

Sinapse da Inovação, de Santa Catarina, seleciona startups

Veja também

Alunos utilizam o kit de eletrônica Rute / Reprodução

Como os brinquedos inteligentes podem transformar a educação

Compartilhe

CompartilheCiência e raciocínio lógico podem ser ensinados com brinquedos inteligentes. Esse tipo de conhecimento é cada vez mais demandado pelo mercado de trabalho, com o crescimento da automação e do uso da tecnologia nas empresas. Entretanto, levar para as […]


Compartilhe
Sessenta por cento apontam impacto positivo da análise de dados / Renato Cruz/inova.jor

Qual é o impacto da análise de dados na inovação

Compartilhe

CompartilheA análise de dados podem tornar as empresas mais inovadoras, segundo pesquisa recente do SAS. Numa primeira fase, foram entrevistados representantes de 132 empresas da Europa, Oriente Médio e África. Em seguida, houve uma consulta […]


Compartilhe