O que falta para aumentar a pesquisa na indústria farmacêutica

A empresa brasileira Blanver aposta em inovação para melhorar produtos já existentes / Divulgação
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Farmacêutica: A empresa brasileira Blanver aposta em inovação para melhorar produtos já existentes / Divulgação
A empresa brasileira Blanver aposta em inovação para melhorar produtos já existentes / Divulgação

A saúde é um setor intensivo em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Os investimentos da indústria farmacêutica, no entanto, devem crescer pouco nos próximos anos.
O relatório 2016 Global Life Sciences Outlook, da Deloitte, analisou as perspectivas globais do setor farmacêutico.
Segundo o estudo, os gastos de P&D devem subir somente 2,4% entre 2013 e 2020, chegando a US$ 162 bilhões, abaixo do crescimento projetado para as vendas.
No Brasil, a crise econômica e a variação cambial tornam esse cenário ainda mais difícil.
O País é considerado terreno fértil para essas pesquisas. A característica multirracial da população e o vasto potencial biológico do ambiente são fatores considerados determinantes para a produção de novos medicamentos.

Inovação incremental

A dificuldade atinge até mesmo empresas consolidadas no mercado internacional, como a Blanver.
Criada na década de 1980, é uma das três principais produtoras do mundo de excipientes, substâncias usadas na produção de medicamentos e alimentos.
A empresa farmacêutica tem participação de 13% no mercado mundial, exportando 70% do que produz. Apesar de ser uma companhia consolidada, tem dificuldades em apostar e investir em novos produtos.
“Investimos 10% do nosso faturamento em P&D, mas a maioria das nossas inovações é para melhorar nossa produção e medicamentos já existentes”, afirma o presidente da Blanver, Sérgio Frangioni.
A direção de investimentos para esse tipo de pesquisa é resposta a uma necessidade do próprio governo, um dos principais clientes dos produtos farmacêuticos da Blanver no Brasil.
Segundo Frangioni, parte das pesquisas é focada na diminuição de custos dos medicamentos para que a empresa seja uma fornecedora competitiva dentro do próprio País.
“O próprio governo sabe que não dá para comparar os nossos produtos e nossa tecnologia com produtos importados, não temos as mesmas condições. Não dá para ser competitivo com o câmbio que temos hoje”, diz.

Novas moléculas

A expectativa não está em grandes investimentos em inovação radical, para descobrir novas moléculas, em 2017.
“Hoje uma empresa como a nossa não tem condições de investir em diversas frentes. Por isso, apostamos apenas em um ou dois produtos de inovação radical. O nosso maior investimento deve se manter em inovação incremental, focado na nossa linha de produto”, completa o presidente da Blanver.


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