O que falta para a rede elétrica inteligente decolar no Brasil

Tecnologia de smart grid permite manutenção mais eficiente das redes / Divulgação
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Tecnologia de smart grid permite manutenção mais eficiente das redes / Divulgação
Tecnologia de smart grid permite manutenção mais eficiente das redes / Divulgação

A rede inteligente, também chamada de smart grid, torna os serviços de fornecimento de energia elétrica mais eficiente.
Equipados com sensores, dispositivos conectados reduzem falhas, fraudes e desperdícios, agilizam a manutenção da rede e permitem a oferta de novos serviços.
A AES Eletropaulo instalou seu piloto de smart grid em Barueri. A empresa conseguiu homologar no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) um medidor com comunicação sem fio e Power-Line Communication (PLC), que usa a própria rede elétrica para transmitir informações.
A expectativa é que esse medidor, fabricado no Brasil pela Weg, comece a ser instalado na casa dos clientes até o fim deste ano.
O medidor conectado permitirá oferecer aos consumidores tarifa branca, cujo valor varia de acordo com o dia e o horário. Também possibilitará a microgeração: se o cliente tiver, por exemplo, painéis solares instalado, poderá fornecer energia ao sistema quando houver geração excedente.
Maria Tereza Vellano, diretora de Planejamento e Engenharia da AES Eletropaulo, destaca que o projeto vai beneficiar 62 mil clientes, numa população de 250 mil pessoas.
Com investimento de cerca de R$ 70 milhões, o piloto de Barueri é um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D). A regulação do setor define que a concessionária deve destinar 1% da receita operacional líquida em P&D.
Segundo Maria Tereza, o desafio ainda é tornar a solução de smart grid economicamente viável. “A dificuldade está no preço do medidor, que precisaria de uma política de incentivo”, afirma a executiva.
O medidor eletrônico sai por cerca de R$ 800, enquanto o básico custa entre R$ 50 e R$ 60.

Centro de excelência

A Sonda IT instalou no Brasil seu Centro de Excelência em Utilities. A partir do Brasil, vai apoiar as demais operações da integradora chilena para os setores de energia, saneamento e gás.

O centro tem o objetivo de disseminar os conceitos de cidade inteligente e smart grid, oferecendo tecnologias de computação em nuvem, mobilidade, inteligência de negócios e big data.
A experiência da operação brasileira no setor vem da compra em 2012 da Elucid, que fornecia software e serviços para empresas de geração, transmissão e distribuição de energia.
“A ideia é compartilhar o conhecimento pela América Latina toda”, afirma Eduardo Borba, presidente da Sonda IT no Brasil.
Além de Brasil e Chile, a empresa atua no México, Costa Rica, Panamá, Venezuela, Colômbia, Peru, Uruguai e Argentina.
A rede elétrica inteligente é uma aplicação de internet das coisas e um componente da cidade inteligente.

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