De onde vem o conteúdo que você acessa pela internet

Maximiliano Martinhão (MCTIC), Frederico Neves (NIC.br) e o ministro Gilberto Kassab / Renato Cruz/inova.jor
Compartilhe

Maximiliano Martinhão (MCTIC), Frederico Neves (NIC.br) e o ministro Gilberto Kassab / Renato Cruz/inova.jor
Maximiliano Martinhão (MCTIC), Frederico Neves (NIC.br) e o ministro Gilberto Kassab / Renato Cruz/inova.jor

Nos primeiros anos de operação da internet comercial no Brasil, a porta de entrada dos provedores de acesso para a rede costumava ser uma conexão aos Estados Unidos.
Com isso, se você mandasse um email para alguém do seu bairro que estivesse ligado a outro provedor, havia uma grande chance de a mensagem ter de viajar até os EUA para depois voltar ao Brasil, usando as conexões internacionais.
Esse cenário começou a mudar em 1998, quando a Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) criou o primeiro ponto de troca de tráfego (PTT) do País.
No PTT, os vários provedores se conectam localmente, para que o tráfego de informações entre eles seja mantido na região. Isso faz com que o acesso seja mais rápido, além de reduzir o consumo de capacidade de longa distância.
O PTT também concentra servidores de empresas que oferecem conteúdo, como Netflix, Google e Facebook, que têm interesse em estar mais perto dos usuários.
Quanto mais próximo o servidor, menor o risco de o acesso ao conteúdo ser prejudicado por gargalos na rede e, consequentemente, maior a qualidade de serviço para que o acessa.
Ontem (18/8), o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), inaugurou um anel óptico que conecta suas duas instalações em São Paulo.
As conexões de fibra óptica aumentam a segurança do PTT de São Paulo. O NIC.br é responsável pela operação do Brasil Internet Exchange (IX.br), conjunto de 26 PTTs em operação no País.

Concentração

O PTT de São Paulo é o maior do hemisfério sul e um dos maiores do mundo. O volume de dados que passa pelo ponto chega a 1,5 terabit por segundo (o que equivale a mais de 100 mil conexões de 10 megabits por segundo).
Segundo Frederico Neves, diretor de Serviços e Tecnologia do NIC.br, mais de 1 mil redes e sistemas autônomos se conectam ao PTT de São Paulo.
O anel óptico inaugurado ontem tem 20 quilômetros de extensão, e foi instalado com recursos próprios do NIC.br.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e o secretário Política de Informática do ministério, Maximiliano Martinhão, participaram da cerimônia de inauguração.
Sobre a acusação de concorrência desleal feita por operadoras de telecomunicações contra serviços de internet, como WhatsApp e Netflix, o ministro afirmou o seguinte: “Estou à frente do ministério para defender o interesse do usuário. Se o serviço é gratuito, não pode ser criado ônus para o usuário. Por outro lado, é preciso observar também a saúde financeira das empresas de telecomunicações”.
 


Compartilhe
Publicação Anterior

Bancos buscam integração com fintechs

Próxima Publicação

Ford procura desenvolvedores de aplicativos

Veja também

Pesquisa mostra que existe um grande abismo entre pessoas com e sem acesso / Unsplash

Realidade sobre acesso impacta desenvolvimento web

Compartilhe

CompartilheSegundo recente pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 58% dos brasileiros acessam a internet exclusivamente pelo celular, 62% dos planos de telefonia móvel são pré-pagos, o número de pessoas que nunca se conectou está em […]


Compartilhe

IBM: ‘Cibercrime é a máfia do século 21’

Compartilhe

CompartilheO cibercrime é a máfia do século 21, e o Brasil deve ser o país mais afetado por esse tipo de delito nos próximos anos. A informação faz parte de um relatório da IBM sobre segurança cibernética. O […]


Compartilhe
Gustavo Assunção, da Samsung, quer colocar demonstrações de automação residencial no varejo / Renato Cruz/inova.jor

Internet das coisas começa a chegar às residências

Compartilhe

CompartilheHá 10 anos, fazer automação residencial era muito caro e tecnicamente difícil. Os preços vêm caindo nos últimos anos, mas a complexidade de instalação costuma ser alta. Fabricantes de eletroeletrônicos buscam resolver esse problema. Um […]


Compartilhe