Na casa conectada, os equipamentos vão trocar informações e formar uma verdadeira “rede social das coisas”, na visão do Venturus, centro de pequisa e desenvolvimento localizado em Campinas.
Marcelo Abreu, gerente executivo do Venturus, acredita que essa rede social mostrará, por exemplo, quais eletrônicos trabalham bem juntos, o que ajudará, por exemplo, na compra do próximo modelo de televisão, a partir das informações dos outros equipamentos que existem na casa.
As coisas vão interagir entre si e com os moradores da casa. Os móveis serão capazes de sugerir qual seria a melhor disposição deles na sala, para facilitar a limpeza.
Dentre os projetos de internet das coisas desenvolvidos pelo Venturus está o quadro inteligente de energia elétrica. Ele consegue dizer se o consumo da casa está dentro do padrão.
O quadro avisará, por exemplo, se chegou o momento de trocar a geladeira, caso o modelo atual registrar consumo acima da média. “Os objetos podem ajudar a controlar melhor o orçamento da casa”, afirma Abreu.
Em agosto, o Venturus planeja inaugurar um showroom para mostrar, de forma integrada, seus projetos de casa do futuro.
Segundo estudo da consultoria IDC, o mercado de dispositivos domésticos conectados à internet movimentará cerca de US$ 37 milhões no Brasil neste ano.
Cerca de 10% dos lares brasileiros têm algum dispositivo conectado, como consoles de jogos, TVs inteligentes e câmeras de segurança.
Lei de Informática
O instituto tem apostado em projetos próprios, nascidos de ideias de seus pesquisadores, para compensar a redução nos projetos financiados pela Lei de Informática.
Com a queda nas vendas de computadores e celulares, os recursos destinados a projetos de Lei de Informática também caem, já que eles representam um percentual do faturamento dos fabricantes de bens de informática.
“Atualmente, 90% de nossa receita vêm da Lei de Informática”, diz Abreu. No ano passado, o faturamento do Venturus alcançou cerca de R$ 60 milhões.