A segurança é a maior preocupação das operadoras de telefonia móvel em 2016. A conclusão faz parte de uma pesquisa internacional realizada pela F5 Networks sobre os planos de negócios e tecnologias para os próximos meses.
“As operadoras de redes móveis estão precisando abrir seus ambientes, mudar o seu controle tradicional, tornando todo o processo cada vez mais público e aberto. Toda essa vulnerabilidade traz um ambiente de preocupação com a segurança que é considerado o principal desafio pelas empresas”, explicou Michel Araújo, gerente de contas sênior da F5 Networks no Brasil.
A perspectiva de um mundo cada vez mais conectado favorece esse temor. Segundo o relatório, 88% de todas as operadoras de telefonia móvel esperam o crescimento do tráfego de objetos inteligentes (a Internet das coisas ou IoT, na sigla em inglês) em sua rede em, no máximo, dois anos.
“Em relação ao IoT, o maior medo é que alguém com más intenções possa se apropriar cada vez mais da vulnerabilidade desses dispositivos. Essa pessoa pode prejudicar não somente o cliente final, mas também acessar os sistemas operacionais”, explicou Araújo.
Virtualização
Apesar disso, as companhias caminham para transformar seus sistemas em espaços cada vez mais abertos e ágeis. A adoção da virtualização das funções da rede (NFV, na sigla em inglês), por exemplo, já é considerada necessária a cada nove de 10 empresas consultadas.
A escolha por livrar-se de hardwares próprios e adotar redes digitais como a NFV é apontada como uma estratégia de sobrevivência em uma época dominada por serviços de comunicação pela internet.
“Diferente da nossa percepção, o que as empresas enxergam como principal desafio e problema nesse momento não é a existência do WhatsApp no ambiente, mas sim a incapacidade de em ser ágil o suficiente para contrapor esse novo cenário”, disse Araújo.
O tempo de mercado é outro fator que determina a inserção de tecnologias mais vulneráveis. Com os atuais sistemas tradicionais, as empresas demoram cerca de três a quatro anos para lançar um serviço no mercado. “Quando o ambiente é virtualizado, padronizado e aberto, o ambiente se torna mais dinâmico e a empresa consegue ser mais eficaz. Essa agilidade é o grande desafio deles para este ano”, completou o executivo.