Como Marvin Minsky criou a máquina mais inútil do mundo

Compartilhe

Marvin Minsky, pioneiro da inteligência artificial, morreu no domingo, aos 88 anos. O professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) acreditava que a mente humana e o computador funcionavam da mesma forma. Para ele, não existe um ingrediente especial, como consciência, senciência, espírito ou alma, que nos torne diferentes das máquinas.
Minsky foi cofundador do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT. Ele inventou braços e garras robóticos, sistemas de visão computacional e a Calculadora Neural-Análoga Estocástica de Reforço (Snarc, na sigla em inglês), primeiro neurocomputador do mundo. Criado em meados do século passado, o dispositivo feito de válvulas e motores conseguia simular o comportamento de um rato num labirinto.
Recentemente, a inteligência artificial tem passado por um renascimento. Assistentes pessoais como Siri, Google Now e Cortana conseguem entender a linguagem falada. O Watson, da IBM, venceu jogadores humanos no show de conhecimentos gerais Jeopardy. Sistemas especialistas são melhores que especialistas humanos para decidir investimentos ou sugerir diagnósticos médicos. Mesmo assim, não existem ainda sistemas generalistas com capacidade próxima à humana.

Minsky e Shannon

Um ano depois de inventar a Snarc, quando era pesquisador dos Laboratórios Bell, que pertenciam à AT&T, Minsky teve a ideia de criar a máquina mais inútil do mundo. Na época, ele trabalhava com Claude Shannon, pai da teoria da informação. A máquina inútil, também chamada por eles de máquina final, era uma caixa com um botão de ligar e desligar. Quando alguém ligava a caixa, saía de dentro dela uma mão que a desligava. Shannon gostou da ideia de Minsky e construiu a máquina.
A máquina final é uma piada, mas também serve de ponto de partida para se discutir os limites da tecnologia.


Compartilhe
Publicação Anterior

Como as políticas brasileiras prejudicam a inovação no mundo

Próxima Publicação

O cliente sempre está certo? Elon Musk, da Tesla, acha que não

Veja também

Lavi (e.) fala sobre empreendedorismo e tecnologia em Israel

Israel busca parcerias tecnológicas com o Brasil

Compartilhe

CompartilheIsrael é referência mundial em empreendedorismo e inovação. O país é chamado de startup nation, em livro que recebeu, no Brasil, o nome de Nação empreendedora. Além disso, empreendedores israelenses criaram o Waze, antes de […]


Compartilhe
Alex Salgado, da Vivo Empresas, promete serviços de nuvem de 10% a 30% mais baratos / Renato Cruz/inova.jor

Vivo Empresas quer crescer com serviços de nuvem

Compartilhe

CompartilheA Vivo Empresas, divisão de serviços corporativos da Telefônica Brasil, anunciou hoje (12/6) uma ampliação do serviço de nuvem Vivo Cloud Plus. A empresa tem uma parceria com a VMware, fornecedora de software, e com […]


Compartilhe