Como a inteligência artificial pode tornar o Brasil mais eficiente

A BRF adotou inteligência artificial para atendimento de TI / Divulgação
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A BRF adotou inteligência artificial para atendimento de TI / Divulgação
A BRF adotou inteligência artificial para atendimento de TI / Divulgação

O Brasil precisa ganhar produtividade. É bastante conhecido o indicador de que um trabalhador brasileiro produz o equivalente a um quarto do americano.

Uma parte da solução está no investimento em tecnologia e inovação. Ferramentas de inteligência artificial (IA) podem multiplicar a eficiência de empresas.

“Estamos comprometidos em assegurar que todos os brasileiros se beneficiem desses avanços”, disse hoje (12/2) Satya Nadella, CEO mundial da Microsoft, durante evento em São Paulo.

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), encomendando pela Microsoft, analisou os setores do agronegócio, transporte e comunicação, óleo e gás e setor público, que respondem por 36,4% da economia brasileira.

Segundo a FGV, a adoção de IA nesses setores podem levar a um crescimento de 6,43% do Produto Interno Bruto (PIB) num período de 15 anos.

A Microsoft tem uma das plataformas mundiais de IA. Outros fornecedores de destaque nesse mercado são a Amazon, Google e IBM.

Atendimento

Uma aplicação brasileira de IA é a Exceptional Value Assistante (EVA), assistente que resolve dúvidas e problemas de tecnologia da informação (TI) dos funcionários da companhia.

Desenvolvida em 2017, numa parceria com a IBM, a EVA atende a cerca de 2,5 mil chamadas por mês pelo chat, em português, espanhol e inglês.

O tempo médio de resolução é de cinco minutos, com respostas instantâneas a 55% das interações.

O índice de aprovação do serviço é de 94%. A EVA está preparada para atender mais de 70 assuntos de TI.

“Para atendermos essas chamadas, precisaríamos de mais três analistas”, afirmou Gustavo Oliveira, administrador da ferramenta na BRF.

Além disso, o atendimento humano seria mais demorado. “Reduzimos de 15 para dois minutos o tempo para configurar uma impressora.”

A IA é uma alternativa interessante de autosserviço, que poderia ser levada a outro setores.

“Estamos aprendendo bastante com esta aplicação”, afirmou Leo Rahn, coordenador de TI na BRF.

Crescimento

A IDC estima que 15,3% das médias e grandes empresas brasileiras têm a IA como uma de suas principais iniciativas de tecnologia. Esse percentual deve dobrar em quatro anos.

Segundo a consultoria, as aplicações mais promissoras estão em:

  • atendimento a clientes,
  • análise e investigação de fraudes,
  • automação de TI, e
  • diagnósticos e tratamentos de saúde. 

A previsão para 2022 é que 20% das empresas brasileiras adotem IA para oferecer interface de voz no atendimento a clientes.


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