Quais são os planos da China para inteligência artificial

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Kai-Fu Lee investe em startups de inteligência artificial na China /  Ryan Lash / TED
Kai-Fu Lee investe em startups de inteligência artificial na China / Ryan Lash/TED

Kai-Fu Lee é um investidor chinês que já trabalhou como executivo de gigantes americanas de tecnologia como Apple, Microsoft e Google.

Em 2018, ele publicou o AI Superpowers: China, Silicon Valley, and the New World Order (Superpotências de inteligência artificial: China, Vale do Silício e nova ordem mundial).

Em entrevista ao programa 60 Minutes, da CBS, Lee falou do potencial da China para ultrapassar os Estados Unidos na corrida da inteligência artificial (IA).

Ele próprio investiu em 140 startups da área. Abaixo, alguns destaques da entrevista.

Vantagem chinesa

“A vantagem da China está no volume de dados que coleta. Quanto mais dados, melhor a IA. Da mesma forma que, quanto mais você sabe, mais esperto você é. A China tem quatro vezes mais pessoas que os Estados Unidos que fazem quase tudo online.”

Empregos perdidos

“Basicamente motoristas de carro e de caminhão, todos que trabalham dirigindo terão seus empregos afetados num período de 15 a 20 anos, assim como empregos que parecem um pouco mais complexos, como cozinheiros e garçons. Muitas coisas serão automatizadas. Teremos lojas e restaurantes automatizados. Levando tudo isso em conta, em 15 anos [a IA] vai substituir cerca de 40% dos empregos no mundo.”

Limites da IA

“Quando eu estava na faculdade, as pessoas diziam ‘se uma máquina conseguir dirigir um carro sozinha, será inteligente’. Hoje dizemos que não é suficiente. Então a barra continua a subir. Acho que isso significa motivação para trabalharmos mais. Mas, se você está falando em IAG, inteligência artificial geral, diria que ela não existirá nos próximos 30 anos, e possivelmente nunca.”

Atualmente, os sistemas de IA são especializados.

Atuação do governo

Kai-Fu Lee preferiu não comentar a respeito do potencial de a IA ser utilizada por governos para controlar os cidadãos e combater dissidentes.

“Como capitalista de risco, não investimos nessa área e não estudamos em profundidade esse problema particular.”


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