BARCELONA
O Mobile World Congress 2016, que aconteceu semana passada em Barcelona, mostrou quais são os planos da indústria de comunicações móveis para os próximos meses.
A seguir, quatro tendências importantes apresentadas no evento:
- Smartphones “suficientemente bons” – os celulares inteligentes, que foram destaque de edições anteriores, não trouxeram grandes novidades neste ano. Parece que a indústria chegou num momento em que mesmo aparelhos medianos são “suficientemente bons” para que os consumidores façam o que querem fazer, se não estiverem muito preocupados com performance. É claro que os smartphones de topo de linha trazem processadores mais rápido, mais memória, câmeras de melhor qualidade e design mais bonito, mas tudo é uma questão de grau. Faltou aquela funcionalidade matadora para convencer o consumidor a trocar o aparelho que comprou no ano passado.
- Realidade virtual e vídeo imersivo – Já que os smartphones não surpreenderam, os fabricantes acabaram dando ênfase a novas aplicações, como a realidade virtual. A Samsung e a LG lançaram câmeras 360º, para gravar vídeos imersivos. Mark Zuckerberg, do Facebook, promoveu a realidade virtual como o futuro das redes sociais. A HTC fez várias demonstrações com seus óculos Vive.
- Internet das coisas – Em mais de um estande da feira de Barcelona era possível encontrar coleiras inteligentes para bichos de estimação. Um modelo tinha um luminoso com as informações de contato do dono, para caso o animal se perder na rua. Um problema do conceito “internet das coisas” é que ele é muito amplo, e abrange dispositivos que vão da coleira inteligente ao carro autônomo, do relógio inteligente aos sensores que ajudam na agricultura. Apesar do entusiasmo das empresas, ainda existem problemas de compatibilidade, que devem ser resolvidos nos próximos anos.
- Telefonia celular 5G – Não é o primeiro ano que os fornecedores de infraestrutura de redes demonstram a quinta geração da telefonia celular (5G), mas, desta vez, essa tecnologia passou a ser a principal atração nos estandes da indústria. A expectativa é que a padronização seja definida em 2019, mas isso não impede que as empresas lancem equipamentos “5G-ready” e que iniciem os testes da tecnologia pré-padrão, principalmente para banda larga fixa.
E quando tudo isso chega ao Brasil?
Os celulares têm sido lançado com pouco atraso, mas tecnologias que dependem de infraestrutura, como o 5G, tendem a demorar mais para estarem disponíveis por aqui.
A internet das coisas é uma oportunidade para a indústria brasileira, já que se trata de um mercado que ainda está no começo, e a realidade virtual, se realmente pegar desta vez, abre espaço até para produtores locais de audiovisual.
- O jornalista viajou a convite da Samsung