O agronegócio é um dos setores prioritários do Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), divulgado neste mês.
Um desafio nessa área é levar conectividade para as aplicações. Segundo o Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), 47% dos domicílios rurais não estão conectados à internet por falta de cobertura.
Novas tecnologias prometem resolver esse problema. Uma opção são as redes mesh, em que cada dispositivo conectado também funciona como transmissor, ajudando a propagar o sinal.
A norte-americana Rajant, que acaba de abrir um escritório no Brasil, recebeu no começo do milênio US$ 20 milhões em financiamento de pesquisa e desenvolvimento do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
O objetivo era desenvolver uma rede que fosse facilmente instalável num campo de batalha, logo depois do ataque de 11 de setembro.
Entre 2007 e 2010, a tecnologia mesh criada pela Rajant, que usa a faixa de uso livre do wi-fi, passou a ser adotada também por mineradoras.
Desde 2010, a companhia busca diversificar sua atuação para mercados como agricultura, logística e serviços públicos.
“Implantar uma rede mesh é mais barato e rápido do que usar a tecnologia 4G”, afirma Joeval Martins, diretor de Vendas para a América Latina da Rajant. “Também trazemos uma terceira dimensão à conectividade, com o uso de drones.”
A tecnologia da Rajant funciona com pontos em movimento. Dessa forma, drones podem levar cobertura de rede para os locais que sobrevoarem.
WND em Cuiabá
Na quinta-feira (26/10), a WND lançará em Cuiabá sua rede dedicada à internet das coisas para o agronegócio. A cobertura já inclui, além de Cuiabá, as cidades de Rondonópolis, Sorriso, Cáceres, Sinop e Nova Mutum.
Com tecnologia Sigfox, a rede da WND cobre mais de 80 milhões de pessoas em todo o Brasil.
O Sigfox é uma tecnologia Low Power Wide Area Network (LPWAN), que combina baixo custo de conexão, baixo consumo de energia e longo alcance.