O acesso à internet estava estagnado no Brasil. Em 2013, a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia mostrado que 49,4% dos brasileiros acessavam a rede mundial, um crescimento pequeno em relação aos 49,2% do ano anterior.
Em 2014, esse número deu um salto, para 54,4%, segundo a edição mais recente da Pnad, divulgada na sexta-feira. Isso aconteceu apesar da queda na posse de computadores nas residências brasileiras. O número de casas com PCs passou de 48,9% para 48,5% do total, e de PCs com internet, de 42,4% para 42,1%. O interessante é que existem 6,4% de residências brasileiras com micros desconectados. O que será que eles fazem com essas máquinas?
O total de residências com celular passou de 89,8% para 91,1%, acompanhando o aumento do acesso à internet. Além da queda dos PCs e do aumento dos telefones móveis, a edição mais recente da Pnad trouxe dois números interessantes: a presença do rádio caiu de 75,7% para 72,1% e do telefone fixo de 38,5% para 37,2%.
Meios antigos
O telefone fixo e o rádio são os meios de comunicação mais antigos dessa lista. A decadência do telefone fixo só não é mais rápida porque as operadoras de telecomunicações incentivam os combos. Costuma ser mais barato contratar um acesso à internet com o telefone fixo do que sozinho.
O rádio já ocupou uma posição central na vida das pessoas. Um bom exemplo disso é o filme A era do rádio, do Woody Allen, que mostra como era a vida nos Estados Unidos em meados do século passado, durante a Segunda Guerra, e como o rádio ocupava um lugar central na sala.
No Brasil não era diferente. As pessoas ficavam à noite nas casas, sentadas ao redor do rádio, como faziam com a televisão até bem pouco tempo atrás. Apesar de ser um meio extremamente acessível, tem perdido espaço, pelo menos nas casas.
A televisão ficou praticamente estagnada, em 97,1%. E isso é principalmente TV aberta. É um número que mostra como a TV continua sendo um meio importante no Brasil, presente na vida de 97% da população, enquanto a internet chega a 54%.