HBO e Netflix mostram a força do vídeo via internet

Dirigido pelo sul-coreano Bong Joon-ho, Okja é um longa-metragem exclusivo da Netflix / Reprodução
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Vídeo: Dirigido pelo sul-coreano Bong Joon-ho, Okja é um longa-metragem exclusivo da Netflix / Reprodução
Dirigido pelo sul-coreano Bong Joon-ho, Okja é um longa-metragem exclusivo da Netflix / Reprodução

A volta de Game of Thrones no domingo (16/7), com a estreia da sétima temporada, tirou o site da HBO do ar. A audiência foi tão alta que o acesso só voltou ao normal na segunda metade do episódio.
A empresa tem dois serviços de vídeo via internet:

  • HBO Go, para quem assina o canal de TV paga e quer assisti-lo em outros dispositivos, e
  • HBO Now, para quem paga pela programação somente para ver na internet.

Ambos tiveram problemas no acesso ontem. A empresa admitiu ao Hollywood Reporter problemas no HBO Go na América Latina, mas negou grandes incidentes na América do Norte.
Os problemas da HBO na volta de sua série de maior sucesso são somente um exemplo da força do vídeo via internet. O hábito dos consumidores tem mudado rapidamente.

Crescimento acelerado

Outro exemplo veio nos resultados trimestrais da Netflix. O principal destaque foi o crescimento acima do esperado do total de assinantes, com 5,2 milhões de clientes novos, frente a uma previsão de 3,2 milhões.
A maioria dos assinantes são de fora dos Estados Unidos, o que fez com que o serviço de vídeo via internet atingisse no fim do segundo trimestre a marca de 104 milhões de clientes, sendo 50,1% internacionais.
Pela primeira vez a Netflix ultrapassa 100 milhões de assinantes e há mais clientes fora do que nos EUA.

Fim da TV linear

Apesar de o crescimento do número de clientes ter sido o que chamou mais a atenção dos investidores, uma parte interessante do relatório de resultados é a análise que a empresa faz da concorrência:

    “A competição pelo tempo de entretenimento é sempre intensa, mas o lado bom é que o mercado é amplo e diverso.
    O YouTube recebe mais de um bilhão de horas diárias do tempo dos consumidores com um tipo de entretenimento, enquanto recebemos mais de um bilhão de horas emanais com nosso tipo de entretenimento.
    A TV linear ainda é grande, a pirataria ainda é substancial, e há milhares de empresas e abordagens ao redor do mundo recebendo alguma fração do tempo de entretenimento dos consumidores.
    O mercado de entretenimento é tão vasto que crescemos de zero a mais de 50 milhões de casas que recebem vídeo via internet nos EUA nos últimos 10 anos, e a HBO continua a aumentar suas assinaturas nos EUA.
    (…)
    Criar uma rede de TV é atualmente tão fácil quanto criar um aplicativo, e o investimento flui para a produção de conteúdo ao redor do mundo.
    Somos todos copioneiros da TV via internet e, juntos, estamos substituindo a TV linear. A mudança da TV linear para o consumo sob demanda é tão grande e há tanto tempo para o lazer que muitos serviços de TV via internet terão sucesso.”

Ao enumerar os serviços de vídeo via internet ao redor do mundo, e dizer que existe espaço para todo mundo, a Netflix cita a Globo Play.


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