Como as fintechs ampliam o acesso ao crédito no Brasil

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As fintechs estimulam competição no mercado brasileiro de crédito
As fintechs estimulam competição no mercado brasileiro de crédito / Edu Alpendre/Creative Commons

As fintechs, empresas que criam soluções tecnológicas e inovadoras para o mercado de serviços financeiros, têm transformado a economia e o modo como as pessoas se relacionam com suas finanças no mundo e no Brasil.
No mercado de crédito, essas empresas, inclusive, têm contribuído significativamente para aumentar o acesso e reduzir o custo das operações para a população.
O último Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central, divulgado em abril, mostra que os quatro maiores bancos do país concentram 79% do mercado de crédito brasileiro.
Ainda segundo o BC, o saldo das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$3,072 bilhões em abril.
Ainda há um espaço significativo para crescimento nesse mercado, que pode e será explorado pelas fintechs.
Muitas pessoas ainda desconhecem os serviços oferecidos pelas empresas com esse perfil e optam pelos tradicionais bancos quando precisam de empréstimo.
Mas as plataformas online muitas vezes oferecem crédito mais rápido, em maiores volumes, com prazos mais longos e custos mais baixos do que as alternativas convencionais.
Ainda marcado por burocracia, ineficiência e altas taxas de juros, o cenário brasileiro anseia por inovações que garantam ao tomador de empréstimo uma experiência mais prática, barata, conveniente e segura.
É nesse contexto que as fintechs surgem para facilitar a comparação, o acesso e conscientizar o consumidor sobre a correta utilização do crédito.

Transformação da Experiência

Sandro Reiss, da Geru / Divulgação
Sandro Reiss, da Geru / Divulgação

Por intermédio de fintechs como a Geru, a experiência de tomar crédito no Brasil tem se transformado.
Hoje, por meio das plataformas de empréstimo, um cliente sabe se tem crédito disponível, em que montante e em quais condições imediatamente após a conclusão de seu cadastro.
Sem incorrer em qualquer tipo de custo, o cliente pode comparar a oferta de diferentes plataformas e instituições bancárias, o que ajuda a população a reconhecer seu papel de consumidor, com direitos, mas também responsável por seu score de crédito.
Esse empowerment do consumidor ajuda a desmistificar o empréstimo e aumenta a probabilidade de o crédito ser tomado dentro de um planejamento financeiro adequado.
A ideia é que, por meio de empresas com atuação disruptiva, o consumidor entenda que a experiência de tomar crédito pode ser prática, personalizada, conveniente, mais barata e também marcada pela transparência.
A presença de diversas plataformas online, tanto de fintechs como dos próprios bancos, também facilita a pesquisa e comparação rápida entre as alternativas de crédito disponíveis.
A desburocratização dos processos de contratação de serviços, tema frequente em fóruns e painéis sobre fintechs, tem sido primordial para facilitar o acesso ao crédito no Brasil.
Nesse novo cenário, as plataformas online garantem ao consumidor a possibilidade de enviar e assinar documentos via web, permitindo que o tomador receba o dinheiro em sua conta em poucos dias.

Avaliação personalizada

Outro fator de extrema importância para o consumidor é a personalização da avaliação de crédito e das taxas de juros oferecidas.
Com base em algoritmos que levam em conta dados fornecidos pelo tomador, bem como uma ampla gama de consultas a fontes convencionais e não convencionais de dados, algumas fintechs como a Geru conseguem estabelecer notas de crédito e diferentes taxas de juros para cada perfil de pagador.
Essa avaliação permite que pessoas com um bom histórico tenham acesso a taxas mais vantajosas do que as oferecidas nos bancos.
Quanto às taxas praticadas nas fintechs de crédito e às aplicadas nos bancos, podemos traçar uma rápida comparação.
Na Geru, as taxas de empréstimo pessoal vão de 2% a 5% ao mês, com média de 3,5%. Já a taxa de juros média para empréstimo pessoal em banco é de 7,15% ao mês, segundo o BC.
Modalidades de dívida de cartão de crédito e cheque especial possuem taxas médias de 12,15% e 12,89% ao mês respectivamente.

Finanças Pessoais

As fintechs de crédito também permitem o refinanciamento de dividas, situação na qual o cliente quita dívidas caras e/ou com prazos curtos e as substitui por uma divida mais barata e/ou de prazos mais longos.
Há também fintechs focadas na renegociação de dívidas vencidas, nas quais os devedores podem renegociar suas dívidas com os credores.
Outras fintechs ainda estão focadas em conteúdos e ferramentas para que as pessoas aprimorem seu planejamento e gestão financeira.
Assim, elas têm auxiliado a população a lidar de forma mais consciente com assuntos antes considerados complexos, como capacidade de pagamento, endividamento, scores de crédito, taxa de juros e empréstimos.
Todas essas iniciativas impulsionadas pelas fintechs colocam instrumentos mais poderosos e precisos nas mãos dos usuários e estimulam a competição no mercado.
Para o consumidor, isso significa mais oferta e a melhoria contínua dos serviços oferecidos, o que reflete na redução das taxas atualmente praticadas no mercado e em uma experiência de consumo de crédito mais gratificante.

  • Sandro Reiss é fundador e presidente da Geru

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