O lançamento do iPad, em 2010, foi acompanhado com um misto de desconfiança e euforia. Enquanto alguns se perguntavam para que as pessoas usariam um tablet, outros achavam que ele tinha potencial para resolver problemas de vários setores da economia (inclusive do jornalismo).
A realidade acabou ficando entre esses dois extremos. O tablet foi um produto de muito sucesso, mas não foi capaz de revolucionar o trabalho nem a forma como as pessoas consomem conteúdo.
A consultoria Deloitte, em seu relatório Technology, Media and Telecommunications Predictions 2017, questiona se o tablet já atingiu seu pico de mercado.
A previsão de vendas mundias para este ano são de 165 milhões de unidades, o que corresponde a uma queda de 10% sobre o ano passado.
Adolescência
Segundo a Deloitte, o tablet acabou perdendo espaço porque os smartphones acabaram se tornando maiores e os laptops mais leves.
Dados da Deloitte mostram que o interesse dos jovens pelo tablet vai até os 12 anos. Na adolescência, cai consideravelmente e o principal dispositivo passa a ser o smartphone.
“Os tablets se tornaram rodinhas de bicicleta digitais”, afirmou Duncan Stewart, diretor de Pesquisa de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte Canadá.
Ou seja, quando ganham mais experiência em dispositivos digitais, as crianças acabam preferindo smartphones.
Quando surgiu, o tablet foi visto como um instrumento promissor de automação de força de vendas, mas acabou sendo trocado por celulares de tela grande.
Atualmente, o espaço do dispositivo tornou-se mais restrito, sendo usado principalmente para consumo eventual de conteúdos, como Galinha Pintadinha ou Patrulha Canina.