Pela primeira vez na história, o comércio eletrônico brasileiro cresceu apenas um dígito. O setor fechou 2016 com faturamento de R$ 44,4 bilhões, avanço de 7,4% sobre o ano anterior.
Os dados foram divulgados ontem (16/2) pela consultoria Ebit, que começou a acompanhar os números do varejo digital em 2001.
Segundo o relatório Webshoppers 35, o número de pedidos permaneceu estável, em 106,3 milhões, enquanto o tíquete médio registrou alta de 8%, passando de R$ 388 para R$ 417.
O número de e-consumidores ativos cresceu 22%, para 47,93 milhões. As vendas via dispositivos móveis (tablets e smartphones) concentraram 21,5% das transações em 2016, ante 12,5% do ano anterior.
A renda familiar média entre os consumidores digitais aumentou 8%. Isso demonstra o enfraquecimento da classe C no e-commerce e maior participação de pessoas de maior poder aquisitivo.
Retomada do crescimento
Para este ano, o e-commerce brasileiro deve voltar registrar crescimento de dois dígitos, com previsão de faturar R$ 49,7 bilhões, o que representa aumento nominal de 12%.
O relatório prevê 40% de avanço nas compras feitas por meio de dispositivos móveis no comércio eletrônico. A expectativa é que 32% das transações sejam feitas em smartphones e tablets.
As cinco categorias mais vendidas, em volume de pedidos
- Moda e acessórios – 13,6%
- Eletrodomésticos – 13,1%
- Livros/assinaturas/apostilas – 12,2%
- Saúde/cosméticos/perfumaria – 11,2%
- Telefonia e celulares – 10,3%
As 5 categorias mais vendidas, em faturamento
- Eletrodomésticos – 23%
- Telefonia/celulares – 21%
- Eletrônicos – 12,4%
- Informática – 9,5%
- Casa e decoração – 7,7%