Startups de educação à distância crescem na crise

Baixos custos e pouco tempo de curso atraem estudantes para startups de e-learning / Chris Devers / Creative Commons
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Baixos custos e tempo menor de curso atraem estudantes para startups de educação à distância / Chris Devers/Creative Commons
Baixo custo e duração menor de curso atraem estudantes para a educação à distância / Chris Devers/Creative Commons

O mercado de educação à distância está em ascensão. Com custos mais baixos e aulas interativas, o modelo tem atraído pessoas que querem se especializar, mas que contam com pouco tempo e dinheiro.
As startups voltadas para educação são vistas como promissoras. Surgida em 2011, a Descola quer preencher lacunas pouco exploradas pelas instituições de ensino tradicionais.
“Começamos criando experiências presenciais de temas como gamification, open data e até sobre produção de cerveja artesanal. Depois dos primeiros encontros, percebemos que o mercado tinha um potencial enorme, e então transformamos essas aulas em experiências online”, conta André Tanesi, presidente e cofundador da startup.
Atualmente, mais de 16 mil alunos participam dos 32 cursos oferecidos pela plataforma, que agora tem foco totalmente em inovação.
Entre os cursos oferecidos estão o de design thinking, visual thinking, storytelling, internet das coisas e realidade virtual.
O valor médio de um curso é de R$ 150. Após adquiri-lo, o estudante baixa o curso numa plataforma digital, que pode ser acessada tanto pelo celular quanto pelo tablet ou computador.
“A plataforma é bem simples. Criamos cursos que ficam à disposição dos alunos para serem vistos de qualquer lugar, em qualquer horário, quantas vezes o aluno quiser”, explica Tanesi.
A empresa já recebeu R$200 mil em investimento.

Opção na crise

Outra startup, a WeeGet, oferece serviços tanto para quem quer aprender quanto para quem quer ensinar.
“Desenvolvemos um sistema aberto que se pluga a todo o ecossistema de educação: escola, especialistas, professores e alunos”, diz Cláudio Laniado, presidente da WeeGet. “No nosso site é possível se cadastrar tanto para criar um curso, quanto para ministrar uma aula ou ainda só para aprender.”
A proposta principal da startup, no entanto, é promover cursos profissionalizantes em um período máximo de uma semana.
A plataforma quer atrair as pessoas que precisam de conteúdo especializado de maneira rápida, seja para conseguir um emprego ou para uma promoção.
A plataforma tem atraído interesse do mercado corporativo. “Estamos fazendo algumas adaptações no produto para que também seja usado para treinamento interno”, diz Laniado.

Parcerias

As startups têm chamado a atenção de instituições educacionais que oferecem cursos à distância.
Ao usar as plataformas criadas pelas startups, economizam com a tecnologia e assim, garantem o maior investimento em conteúdo.
Criada em 2009, o Cers já oferece a plataforma para grandes universidades e empresas. “No DNA do Cers estão o mundo do direito e a educação com qualidade”, explica Renato Saraiva fundador da empresa.

Carro autônomo

O mercado brasileiro de educação à distância também tem atraído startups internacionais.
Criada por professores de Stanford, no Vale do Silício, a Udacity oferece cursos para desenvolvedores, voltados para necessidades específicas do mercado.
Recentemente, a empresa lançou o curso de engenheiro de carro autônomo, em parceria com a Mercedes Benz, McLaren, Otto e Nvidia. A primeira turma já conta com estudantes brasileiros.
A Udacity abriu o código de seu simulador de carro autônomo, tornando-o disponível a qualquer desenvolvedor.
Sebastian Thrun, um dos fundadores da Udacity, liderou o projeto de carro autônomo do Google.


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