
Muitos provavelmente se lembram de quando receberam sua primeira mensagem de texto ou baixaram sua primeira página num celular.
Hoje, um celular pode baixar vídeos de alta resolução em segundos e oferecer uma taxa de transferência de dados mais alta do que seu primeiro laptop.
No entanto, o objetivo da comunicação sem fio do futuro é muito maior do que proporcionar velocidades mais rápidas para fazer downloads.
Dentro de uma década, a quantidade de dispositivos conectados irá ultrapassar o número de pessoas ligadas em uma rede em uma relação de dez para um.
Em decorrência disso, os padrões de comunicação sem fio evoluem para conectar coisas, que se tornam capazes de realizar atividades mais inteligentes, e de forma autônoma.
E essas novas tecnologias exigem cada vez mais a redução de custos de produção e aumento de competitividade de mercado.
Indústria do futuro
A comunicação sem fio será aplicada a diversas áreas e exige requisitos específicos da indústria do futuro.
De acordo com a União Internacional de Telecomunicações (UIT), dentre a exigências está a melhoria na banda larga móvel, garantindo a velocidade e qualidade da rede para comportar os picos de dados esperados.
Por exemplo, para a comunicação massiva entre máquinas com uma área de alcance mais extensa que conectará automóveis e rodovias, a comunicação massiva de alta confiabilidade deve garantir precisão em aplicações de alto risco, como o uso de robôs em cirurgias ou controle de tráfico urbano.
As redes e os padrões de radiofrequência têm demandado níveis maiores de complexidade técnica da indústria.
Por exemplo, desde 2003, o wi-fi evoluiu de 20 MHz para 40 MHz e 160 MHz no padrão atual, os canais de comunicação móvel evoluíram de 200 kHz para 100 MHz e, no futuro, tecnologias como o LTE-Advanced Pro e o 5G impulsionarão ainda mais essa tendência.
Com maior conectividade e quantidade de antenas gerando dados, os produtos exigem dispositivos de desenvolvimento e teste mais flexíveis e competentes, que comportem frequências e larguras maiores e programáveis de acordo com as necessidades específicas de cada linha de produção, operando de maneira eficiente no teste e averiguação de sua qualidade antes de serem entregues ao mercado consumidor.
Estratégias otimizadas
As fronteiras tecnológicas foram expandidas, mas muitos desafios surgiram. A indústria deve constantemente se tornar mais sofisticada atendendo aos requisitos de sincronização multicanal da informação e dos sinais gerados pelos diversos componentes.
Para tanto, engenheiros devem ter estratégias cada vez mais otimizadas, optando por uma nova abordagem de plataforma que utiliza hardwares modulares com softwares customizáveis para desenvolver sistemas de teste mais inteligentes e dinâmicos, e que permitam realizar projetos mais avançados com maior eficiência.
- David Hall é gerente sênior de Produto RF da National Instruments