Como a Embrapii quer melhorar a competitividade da indústria

A Fundação Certi, de Florianópolis, é uma das credenciadas da Embrapii visitadas no programa de imersão / Renato Cruz/inova.jor
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A Fundação Certi, de Florianópolis, é uma das credenciadas da Embrapii visitadas no programa de imersão / Renato Cruz/inova.jor
A Fundação Certi, de Florianópolis, é uma das credenciadas da Embrapii visitadas no programa de imersão / Renato Cruz/inova.jor

Quando foi criada, em 2013, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) foi comparada à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A atuação delas, no entanto, é bastante diferente.
A Embrapa foi responsável por tornar o cerrado brasileiro agricultável e, consequentemente, transformar o Brasil numa potência agrícola mundial. As tecnologias que seus pesquisadores desenvolvem beneficiam todo o setor.
Já a Embrapii trabalha com centros de excelência credenciados, que desenvolvem projetos específicos para determinadas companhias, tendo por modelo os institutos Fraunhofer, da Alemanha.
Começou hoje (8/8) um programa de imersão, liderado pela Embrapii e pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em que 20 executivos de 16 grandes empresas vão visitar os principais sistemas de inovação do Brasil.
A Fundação Certi, unidade da Embrapii em Florianópolis, foi um dos locais visitados pelos executivos hoje. A agenda prevê que amanhã os executivos estarão em São Paulo, quarta-feira em Campinas, quinta no Rio de Janeiro e sexta em Salvador.
Entre as empresas participantes estão a GranBio, Johnson&Johnson, Totvs, Samsung, Positivo e Boticário.

Pesquisa e desenvolvimento

Desde a sua criação, a Embrapii fechou 124 projetos, com valor total de R$ 220 milhões. Atualmente, a empresa tem 28 instituições credenciadas.
Os projetos de pesquisa são desenvolvidos entre as empresas e essas instituições. Cada uma delas têm suas especialidades.
A Fundação Certi, por exemplo, está habilitada para as áreas aeroespacial e de defesa, eletrônicos de consumo e produtos eletromédicos.
A Embrapii entra com um terço dos recursos do projeto, que não é reembolsável (a empresa beneficiada não precisa devolver o dinheiro). O credenciado também entra com um terço (na forma de mão de obra e instalações) e o restante é aplicado pela empresa.
“Queremos gerar R$ 1,5 bilhão em projetos, num período de seis anos”, afirma Jorge Guimarães, diretor-presidente da Embrapii.
No lugar de a estatal aprovar cada projeto, existe um sistema periódico de prestação de contas entre a Embrapii e seus associados.
Entre as empresas que se beneficiaram dos projetos, estão a Braskem, Embraer, Natura, Renault, Volvo, Votorantim e Whirpool.


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