Criar uma startup com amigos, sem levar em conta competências técnicas da equipe, pode decretar o fim de uma boa ideia.
Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) aponta a estrutura da equipe como principal fator de eliminação de startups em processos de seleção de aceleradoras brasileiras.
Realizado entre outubro de 2015 e janeiro deste ano, o estudo Panorama das aceleradoras de startups no Brasil mapeou 45 aceleradoras brasileiras, analisando o comportamento e as preferências de 31 delas.
O panorama apontou a inadequação da equipe no ato da inscrição do processo seletivo como principal motivo para uma startup não ser selecionada (95%).
Demanda ineficaz e falta de escalabilidade foram os outros dois principais motivos para a exclusão do processo, ambos com 51%.
A preferência está em empresas iniciantes com certo nível de maturidade de negócio ou de concepção da ideia.
Entre os estágios mais bem vistos estão o de comercialização da solução (20%), venda piloto (18%) e produto em teste interno (17%).
Localização
A maior parte das aceleradoras está concentrada na Região Sudeste (71%). O levantamento constatou que somente o Estado de São Paulo abriga 52% do total.
O Nordeste é a segunda região (16%), seguido do Sul (10%) e do Norte (3%). O estudo não identificou aceleradora no Centro-Oeste.
A duração dos processos de aceleração foi outro ponte destacado pela pesquisa. O processo pode variar de um mês a dois anos, com média de seis meses.
Durante o processo, as startups costumam receber um aporte de R$ 45 mil a R$ 255 mil. Nos extremos, há aceleradoras que não oferecem nenhum investimento financeiro e uma que oferece R$ 3 milhões.
Os valores destinados às startups estão diretamente ligados à exigência de participação. Em média, as aceleradoras ficam com 8% das startups.
Aceleradoras que não oferecem aporte financeiro não se tornam sócias da empresa no fim do processo.