Como funciona o PIX, sistema de pagamentos instantâneos

O QR Code é uma forma de se pagar com o PIX / Unsplash
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O QR Code é uma forma de se pagar com o PIX / Unsplash
O QR Code é uma forma de se pagar com o PIX / Unsplash

A partir da próxima segunda-feira (5/10), bancos e outras instituições financeiras começam oficialmente o cadastro de clientes para utilização do PIX.

O sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central começa a operar no mercado financeiro do País em 16 de novembro, e deve promover uma revolução nas transferências bancárias.

Afinal, diferentemente do TED e do DOC, o PIX permite transferências ao longo de sete dias por semana, 24 horas por dia. E o dinheiro cai na conta do recebedor em até 10 segundos.

“O PIX já está em discussão há mais de um ano. Com maior penetração dos celulares e do 4G, esse é um passo natural”, afirma Leandro Vilain, diretor de política de negócios e operações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Como funciona?

O grande diferencial do PIX em relação a outros métodos de transferência está na simplicidade da operação.

O momento de identificar o recebedor, por exemplo, passa a ser mais ágil. Ainda que haja a opção de inserir todas as informações do destinatário, agora o pagador poderá inserir apenas uma chave de identificação, que pode ser o e-mail, CPF ou o número de telefone.

“O recebedor vai cadastrar quais das chaves ele quer ser encontrado como beneficiário junto à instituição financeira”, explica Vilain. “Basta o pagador inserir essa informação, depois checar os dados exibidos pela instituição financeira e confirmar essa transação.”

Além disso, é possível fazer PIX via QR Codes. Por exemplo: no mercado, o cliente pode pagar as compras via transferência bancária, sem intermediários. Basta o caixa emitir um QR Code com o valor da compra para o consumidor finalizar a transação no smartphone.

Comércios e empresas com valores fixos também podem ter um QR Code estático. Dessa forma, sempre que um cliente apontar seu celular para esse código, será feito o mesmo tipo de pagamento.

Novas formas

Para o futuro, já estão sendo estudadas outras formas de realizar o PIX. Uma delas é o pagamento via NFC, em que as transações são realizadas por aproximação com o celular.

Outra forma é o QR Code Pagador. No lugar de o pagador iniciar o processo, o recebedor inicia a transação financeira e a outra pessoa só confirma.

“Um pagamento instantâneo precisa ser tão ou mais rápido do que o ato de abrir a carteira e pegar uma nota de dinheiro. Precisa ser algo quase que instintivo”, destaca Vilain.

Segundo a Febraban, só poderão ser cobradas tarifas de pessoas jurídicas. Enquanto isso, foi proposto o limite de 30 transferências via PIX para pessoas físicas, a fim de identificar contas comerciais.

“Queremos privilegiar a pessoa física e promover inclusão financeira”, explica Vilain.

Segurança e identidade

Principal ponto dessa nova forma de pagamento, as chaves de identificação já podem ser cadastradas a partir de 5 de outubro. E existe uma série de regras.

Primeiramente, pessoas físicas podem ter cinco chaves por conta. Enquanto isso, pessoas jurídicas podem ter até 20 chaves por conta.

No entanto, a Febraban destaca que, caso o cliente queira cadastrar chaves PIX em diferentes instituições, as informações devem ser diferentes. Por exemplo: no banco A, o cliente cadastra o CPF; no banco B, cadastra o número de celular; e assim por diante.

Além disso, existe um sistema para que clientes reivindiquem chaves sob posse de outras pessoas ou façam portabilidade.

Neste último caso, o processo é mais simples. Se a pessoa quer que seu número de celular passe a ser a chave de uma outra instituição financeira, basta solicitar a transferência no novo banco. Do outro lado, a antiga instituição financeira confirma a identidade do cliente.

“É um processo simples, nos mesmos moldes da portabilidade de salário”, explica Ivo Mósca, superintendente de open banking e pagamentos instantâneos do Itaú.

Já o outro caso é um pouco mais complexo. Ele é voltado para casos de clientes que trocam de número de celular e, por algum motivo, este outro número já está cadastrado no nome de outra pessoa.

“Se a pessoa comprou um celular e o número está com outra pessoa, eu comprovo que o celular é meu, que o celular está comigo, através de SMS”, explica Mósca.

Por fim, a Febraban explicou que estão trabalhando em detalhes de segurança desde o final de 2019.

Assim, se a transação for muito fora do padrão, o tempo de envio dos recursos pode demorar até 30 minutos. Ou, ainda, ser bloqueado.


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