Comunidades surgiram há séculos, orientadas por territórios e busca por alimentos. Atualmente, muitas delas são grupos de interesse espalhados pelo mundo em busca de inovação.
Esse foi o tema do painel Como construir uma comunidade de inovação, apresentado hoje no Home Festival Starbucks at Home, no Festival Path.
Comandado por Emiliano Agazzoni, head de comunidade da Distrito, o painel apresentou algumas diretrizes para construir uma boa comunidade.
Antes de tudo, é preciso compreender o que são esses novos grupos. “Hoje temos comunidades digitais de vários interesses, de vários lugares, com muita informação”, disse Agazzoni, em palestra na Casa das Rosas, em São Paulo.
“Esses grupos apresentam imediatismo, autenticidade, mindset coletivo. São jovens solares.”
Começo de conversa
Primeiramente, para conseguir formar um grupo com essas pessoas, é preciso definir o propósito da comunidade.
Ele deve ser autêntico, inspiracional e abrangente. Senão, atingirá um número muito pequeno de interessados.
Assim, tendo definido este primeiro ponto, chega a hora de compreender como ele irá se organizar.
Ou seja: vai ser online ou offline? Aberto ou fechado? Pago ou gratuito?
Logo depois, é preciso pensar nas regras que irão organizar o grupo e impedir que seus propósitos sejam desrespeitados.
“É preciso definir se pode falar de determinado, restringir alguns assuntos, evitar coisas que saiam do propósito”, disse Agazzoni.
Na cadência das comunidades
Assim, tendo instituído a base da sua comunidade, é preciso pensar no seu desenvolvimento.
Primeiro, pensa-se no tipo de ritual que irá conduzir aquele grupo, como eventos, almoços, hackathons, happy hours, aniversários.
A partir disso, é preciso fazer as conexões que dialoguem entre o ritual e o grupo em si.
Por exemplo: decidir se os encontros serão mensais ou anuais, quem serão os líderes, definir cargos e colocar objetivos.
Além disso, é importante compreender quem é seu público e sua comunidade. Todas as definições acima, aliás, terão alguma influência.
Uma comunidade com encontros gratuitos, por exemplo, abre espaço para um público mais diverso e que pode não estar tão interessado. Já encontros pagos, por um lado, limitam o alcance, mas por outro chamam a atenção dos verdadeiros interessados.
“É preciso pensar também na forma como você se comunica com a sua comunidade”, explica Agazzoni.
“Às vezes, a pessoa que vê o seu conteúdo no YouTube não é fã da sua marca. Mas do próprio YouTube em si”.
Acompanhamento
Depois de ter todo o seu grupo instituído e organizado, chegou a hora de colocar a mão na massa.
O líder, por exemplo, precisa exercer o seu papel ali. “Participe, converse, escute novas conversas, fique perto do time”, diz Agazzoni.
Além disso, é preciso ter a clareza que a comunidade terá momentos de altos e baixos.
“As marcas não se mantêm o tempo no topo. Por isso, é preciso sempre pensar em novas estratégias, novos rituais, novos engajamentos”, explica o palestrante.
Por fim, é preciso ter objetivos bem definidos para saber o que buscar e mostrar resultados.
“Saiba quantas pessoas foram aos seus eventos, a taxa de conversão, os lides gerados”, diz.
“Só assim você conseguirá saber se alcançou o sucesso que queria”.
Home Festival
O Home Festival é um projeto da Starbucks At Home que promove conversas sobre temas atuais em casas icônicas de São Paulo.
Nos dias 1º e 2 de junho, a Casa das Rosas recebe o projeto, com palestras, painéis e workshops do Festival Path e degustação de cafés Starbucks At Home.
Confira a programação do Home Festival neste fim de semana no site do Festival Path.