As pessoas querem estar conectadas principalmente para se comunicar.
Sempre foi assim. Apesar de a Arpanet, rede precursora da internet, ter sido criada há 50 anos para que grupos de pesquisa de universidades pudessem compartilhar recursos de computação, o email acabou se tornando a principal aplicação da rede.
Essa necessidade de comunicação se mantém até hoje, mas alguma coisa deu errada no modelo de redes sociais.
O próprio criador do Facebook, Mark Zuckerberg, deu indicações de reconhecer isso, em publicação recente.
Brian X. Chen, colunista do New York Times, cancelou sua conta do Facebook há cinco meses, e conta o que aconteceu.
Em primeiro lugar, ele não perdeu contato com os amigos. “Descobri que não me sinto menos conectado e que minha vida social não teve impacto negativo, apesar de não ver mais atualizações de status e fotos no meu feed de notícias”, escreveu. “Meus amigos e eu continuamos a fazer planos por email e aplicativos de mensagem, assim como minha família.”
Anúncios personalizados
O principal impacto, segundo ele, foi deixar de receber anúncios personalizados. “Durante os últimos cinco meses, minhas compras online caíram cerca de 43%”, destacou.
Além de sair do Facebook, Chen instalou bloqueios de rastreadores no navegador e no celular, impedindo que anunciantes coletem informações sobre ele.
Os anúncios personalizados sumiram. E o Instagram passou a achar que ele é uma mulher, mostrando publicidade de produtos como roupas íntimas femininas.
Ele também destacou o que não sente falta do Facebook: “pessoas que frequentemente publicam questionários online, notícias sobre política ou seu pensamento sobre acontecimentos recentes no site. Ocasionalmente, existem publicações engraçadas ou interessantes, mas, no fim das contas, a maioria é perda de tempo”.
O jornalista tem conseguido ler mais livros depois de abandonar a rede social.
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