Por que a Netflix decidiu fazer oito filmes com Adam Sandler

'Sandy Wexler' é o terceiro filme exclusivo para o Netflix feito por Adam Sandler / Reprodução
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'Sandy Wexler' é o terceiro filme exclusivo para o Netflix feito por Adam Sandler / Reprodução
‘Sandy Wexler’ é o terceiro filme exclusivo para a Netflix feito por Adam Sandler / Reprodução

O que é bom gosto em cinema?
Confesso que gosto do Adam Sandler. Acho Embriagado de Amor, em que ele é o protagonista, o melhor filme já feito pelo diretor Paul Thomas Anderson. Melhor que Sangue Negro e melhor que Magnólia.
Mas eu não consegui ver The Ridiculous 6, o primeiro filme que o comediante fez para a Netflix. O longa-metragem tem 0% de aprovação no site Rotten Tomatoes, que agrega críticas de filmes.
De 33 críticos indexados, nenhum gostou de The Ridiculous 6, uma sátira aos westerns lançada em 2015.
Mesmo assim, a Netflix, que tinha um contrato de quatro filmes exclusivos com Sandler, fechou recentemente um acordo para mais quatro.
Ontem (17/4), na divulgação de resultados trimestrais da empresa, veio a explicação: “Desde o lançamento de The Ridiculous 6, clientes da Netflix passaram mais de meio bilhão de horas se divertindo com filmes do Adam Sandler”.
São 500 milhões de horas para 98,7 milhões de assinantes. Ou seja, em média, cada assinante da Netflix viram, em média, mais de cinco horas de Adam Sandler desde dezembro de 2015.

Tempo real

A Netflix consegue acompanhar a audiência de todos os seus conteúdos em tempo real. O serviço acumula dados que retratam os hábitos de cada um de seus assinantes, e consegue prever o que será e o que não será sucesso.
“Os primeiros dois filmes de Sandler para a Netflix, The Ridiculous 6 e Zerando a Vida, foram os maiores lançamentos de filmes para o serviço”, informou a empresa, quando anunciou a ampliação do contrato com o ator, no mês passado.
Sobre o terceiro filme, Sandy Wexler, Richard Brody escreveu na New Yorker: “eu assisti a ele para que você não tenha de fazê-lo”.
Costuma haver uma distância entre o que as pessoas dizem gostar de ver para aquilo que elas veem de verdade.
Há alguns anos, conversei com Jonathan Friedland, diretor de comunicação da Netflix, e ele me disse que os assinantes querem ter Stanley Kubrick e Martin Scorsese no catálogo porque imaginam um momento especial no fim de semana, em que vão se reunir com pessoas que gostam para passar algumas horas concentrados em filmes importantes.
Mas que, no dia a dia, chegam cansadas em casa e resolvem ver um episódio de série, porque já está tarde.
E então resolvem ver mais, e mais um, e mais um.


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