No ano passado, havia 52 milhões de empreendedores no país, o que equivale a dois a cada cinco brasileiros com idade de 18 a 64 anos, segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, divulgada pelo Sebrae.
A taxa chegou a 38%, sendo a segunda melhor desde 2002, quando o índice começou a ser medido.
Apesar disso, o total de empreendedores iniciais (cujas empresas os remuneram por um período inferior a 42 meses) caiu de 20,3% em 2017 para 17,9%.
Já os empreendedores estabelecidos (remunerados por suas empresas por um período superior a 42 meses) passaram de 16,5% para 20,2% da população.
Segundo o relatório, a redução no empreendedorismo inicial, verificada a partir de 2016, pode refletir maior esperança de desempregados de recolocação no mercado de trabalho.
“Contudo, é fundamental que a taxa de empreendedores nascentes continue sendo foco de atenção nos próximos anos, pois novas reduções podem sinalizar uma percepção social de que a decisão de empreender no Brasil não seja uma decisão acertada ou recomendada”, destacou o estudo.
Oportunidade
Uma boa notícia é que a taxa de empreendedorismo por oportunidade cresceu entre empreendedores iniciais, chegando a 61,8% no ano passado.
“Esse percentual encontra-se distante ainda do patamar alcançado em 2012 e 2013 (71%), porém apresenta-se com 5 pontos percentuais superior ao verificado em 2015, auge da crise econômica pela qual vem passando a sociedade brasileira”, apontou o relatório.
O empreendedorismo de oportunidade tem como principal motivo a identificação de oportunidade de negócio no ambiente de atuação. O de necessidade, por outro lado, justifica-se pela falta de oportunidades para criação de renda e ocupação.