A IBM anunciou ontem (28/10) um acordo para comprar a Red Hat por US$ 34 bilhões.
A aquisição melhora a posição da empresa no mercado de nuvem.
Segundo comunicado, o objetivo é transformar a IBM no maior fornecedor de nuvem híbrida do mundo.
A nuvem híbrida combina operações de nuvem pública (hospedada em data centers de terceiros) e nuvem privada (em servidores próprios).
Uma pesquisa recente da RightScale mostrou a IBM em quarto lugar no mercado de nuvem, atrás da AWS (Amazon), Microsoft e Google.
Em junho, a Microsoft comprou a plataforma de desenvolvedores GitHub por US$ 7,5 bilhões.
Crescimento
A aquisição pode ser vista como uma maneira de a IBM buscar crescimento.
Em 2011, um ano antes de Ginni Rometty assumir o posto de CEO, a companhia havia faturado US$ 106,9 bilhões.
Segundo o Wall Street Journal, a previsão de receitas para este ano é de US$ 79,7 bilhões.
A Red Hat tem como principal produto sua distribuição de Linux. O sistema operacional tem código aberto. Ou seja, pode ser usado gratuitamente.
No ano passado, a Red Hat faturou US$ 2,4 bilhões. Como o software é gratuito, a receita vem de serviços.
O acesso aos clientes e canais da IBM deve alavancar as vendas da Red Hat.
Além do Linux, a Red Hat oferece produtos importantes para o mundo de nuvem, como o OpenShift, uma solução de conteinerização.
A conteinerização, ou virtualização de sistema operacional, permite criar ambientes que compartilhem recursos de uma máquina e funcionem como se fossem computadores diferentes.
De acordo com a IBM, a computação em nuvem é um mercado crescente de US$ 1 trilhão, e somente 20% dos sistemas das companhias já estão na nuvem.
Segunda maior
A compra da Red Hat é a maior aquisição da história da IBM e, segundo a Bloomberg, a segunda maior do mercado de tecnologia.
A maior foi a compra da EMC pela Dell, por US$ 63,7 bilhões, em 2015.
O valor oferecido pela IBM representa ágio de 63% sobre o valor de mercado da Red Hat na sexta-feira.
A expectativa é que a aquisição seja concluída em meados do próximo ano.