Movimento Brasil Digital propõe políticas para o próximo governo

Adelson de Sousa e Silvio Genesini falam sobre o Movimento Brasil Digital / Renato Cruz/inova.jor
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Adelson de Sousa e Silvio Genesini falam sobre o Movimento Brasil Digital / Renato Cruz/inova.jor
Adelson de Sousa e Silvio Genesini falam sobre o Movimento Brasil Digital / Renato Cruz/inova.jor

O Brasil está ficando para trás na transformação digital. Ao mesmo tempo em que o país tem 13,2 milhões de desempregados, existem 250 mil vagas abertas para profissionais de tecnologia, com dificuldade para serem preenchidas.
Se nada for feito, esse quadro tende a piorar. É necessário um esforço que una iniciativa privada e governo para que o Brasil consiga alcançar os efeitos positivos da chamada quarta revolução industrial, minimizando os negativos.
Foi lançado hoje (2/8) o Movimento Brasil Digital, que tem como objetivo tornar o país mais inovador e mais inclusivo.
Entre outras atividades, o movimento definiu sugestões de políticas públicas a serem apresentadas aos presidenciáveis.
“É possível fazer uma mudança significativa em cinco anos”, afirmou Silvio Genesini, coordenador do comitê executivo do movimento.
O conselho estratégico do movimento é formado por 26 empresas: Accenture, ArcelorMittal, Autopass, CI&T, Cielo, Cisco, EDP, Embratel, EY, Fundação Dom Cabral, FIAP, Globo.com, Gol, GPA, Great Place to Work, Hospital Sírio-Libanês, IBM, IT Mídia, Korn Ferry, Microsoft, Oracle, Petrobras, Sabin, Serasa Experian, Whirlpool e Zup.
As propostas do movimento dividem-se em cinco pilares: governo, infraestrutura, educação, empreendedorismo e inclusão.

Educação continuada

A seguir, algumas das propostas do movimento:

  1. Currículos universitários precisam se aproximar das necessidades do mercado, para garantir que vagas criadas pelas empresas sejam preenchidas.
  2. O Brasil precisa reforçar a educação de base nas habilidades Steam (sigla em inglês de ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática).
  3. É necessário oferecer capacitação para o empreendedorismo. As empresas atuais terão dificuldade de absorver a mão de obra disponível, por mais qualificada que seja.
  4. Talvez parte da população não consiga ser treinada para o mercado digital, por falta de fundamentos básicos, tendo necessidade de políticas assistenciais.
  5. É preciso facilitar a abertura de empresas, reduzir a carga tributária e simplificar a prestação de contas do fisco para melhorar o ambiente de negócios.
  6. A legislação do setor de telecomunicações precisa passar por uma atualização, pois ainda tem como foco a telefonia fixa.
  7. O Brasil precisa facilitar o licenciamento para instalação de infraestrutura. Regras impostas pelas administrações municipais atrasam investimentos.
  8. Novos mercados, como a internet das coisas, necessitam de um tratamento tributário diferenciado, para que possam se desenvolver.
  9. Linhas de financiamento à pesquisa, desenvolvimento e inovação e compras governamentais podem alavancar o empreendedorismo.
  10. Políticas públicas necessitam de metas e prazos bem definidos, para que a sociedade possa avaliar seus resultados.

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