O que esperar da tecnologia em 2018

A Siemens apresentou aplicações baseadas no conceito de gêmeo digital em Hannover / Renato Cruz/inova.jor
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Tecnologia: A Siemens apresentou aplicações baseadas no conceito de gêmeo digital em Hannover / Renato Cruz/inova.jor
A Siemens apresentou aplicações baseadas no conceito de gêmeo digital em Hannover / Renato Cruz/inova.jor

Este ano promete ser de mudanças rápidas no mercado. Tecnologias consolidam-se e trazem resultados mais amplos a partir de agora.
Abaixo, destaco quatro tendências apontadas por pesquisas e relatórios internacionais que devem se fortalecer durante 2018.

1. Interface invisível

Com o avanço da tecnologia digital, consumidores convivem com uma proliferação de interfaces. Cada equipamento e cada aplicativo têm maneiras próprias de interação.
Assistentes de voz como Alexa (Amazon), Google Assistant, Siri (Apple) e Cortana (Microsoft) são um primeiro passo na direção em que aplicativos e equipamentos que entendem os usuários.
Pesquisa da Ericsson destacou que mais da metade das pessoas acredita que usaremos linguagem corporal, entonação, toque e gestos para interagir com a tecnologia da mesma forma que interagimos com outras pessoas.
Dois terços acham que isso acontecerá em três anos.
Oitenta e um por cento dos usuários de assistentes de voz acreditam que o teclado e o mouse vão se tornar coisa do passado nos próximos cinco anos.

2. Blockchain além do bitcoin

O blockchain, tecnologia por trás de moedas digitais como o bitcoin, torna-se cada vez mais presente em ambientes corporativos.
Com gestão e autenticação distribuídas, a tecnologia permite criar aplicações de baixo custo para processar transações e para compartilhar dados entre instituições.
Exemplo disso foram testes realizados no ano passado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Num deles, Itaú, Bradesco e B3 usaram o blockchain para compartilhar cadastros fictícios de clientes.
Sem a tecnologia, uma solução desse tipo exigiria tanto investimento e tempo de desenvolvimento que provavelmente a tornaria inviável.

3. Gêmeo digital

A internet das coisas permite a criação de redes cada vez mais completas. Para dar conta dessa complexidade, foi criado o conceito de gêmeo digital, representação virtual de um ente ou sistema real.
Ele serve, por exemplo, para monitorar as condições de uma linha de produção, e para testar novas configurações dessa linha e obter ganhos de produtividade.
Segundo a consultoria Gartner, haverá 21 bilhões de sensores e dispositivos conectados em 2020. Os gêmeos digitais poderão reduzir em bilhões de dólares os gastos com manutenção, reparo e operações.
Também existem aplicações da tecnologia para além das coisas. É possível criar gêmeos digitais de humanos, a partir de dados médicos e biométricos, ou de cidades inteiras, para simulações avançadas.

4. Computação de borda

O movimento de transferir sistemas para a nuvem, verificado nas últimas décadas, tem enfrentado forças contrárias recentemente.
Aplicações móveis e de internet das coisas fazem com que as empresas identifiquem vantagens em trazer capacidades de processamento e armazenamento mais próximas de dispositivos e usuários.
Segundo Mahadev Satyanarayanan, esses nós de rede menores, localizados nas bordas da internet, são chamados de cloudlets.
A computação de borda permite:

  • resposta mais rápida;
  • menor consumo de banda;
  • fortalecimento da privacidade;
  • redundância e contingência.

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