A Amazon anunciou hoje (16/6) a compra da Whole Foods Market por US$ 13,4 bilhões. O negócio representa um reforço na estratégia de lojas físicas da varejista online e uma ameaça a concorrentes como o Walmart.
Quando surgiu em 1994, a Amazon era um site de vendas de livros. Com o tempo, foi completando sua oferta de produtos, tornando-se a maior varejista da internet, ao mesmo tempo em que se lançava a novos mercados, como serviços de nuvem, fabricação de eletrônicos e streaming de vídeo.
Recentemente, a Amazon abriu suas primeiras livrarias físicas.
Ao mesmo tempo, passou a testar alternativas à estrutura convencional do varejo, como a loja Amazon Go, sem caixas, em que o cliente só precisa se identificar e sair com os produtos da loja para que a cobrança seja feita num cartão pré-cadastrado.
Competição difícil
Criada em 1978, a Whole Foods é uma cadeia americana de supermercados, pioneira em produtos orgânicos.
Nos últimos anos, a varejista tem enfrentado dificuldades de competir com redes convencionais, que passaram a oferecer produtos saudáveis a preços bem menores.
A rede de lojas da Whole Foods deve reforçar a estratégia da Amazon no mercado de produtos alimentícios. Atualmente, a atuação da Amazon nessa categoria é limitada a poucas cidades.
Pela necessidade de refrigeração e prazo de validade curto, esses produtos precisam estar mais próximos dos consumidores do que eletrônicos, roupas e outras categorias populares do varejista online.
O mercado americano de produtos alimentícios movimenta de US$ 700 bilhões a US$ 800 bilhões por ano.
A Whole Foods tem cerca de 460 lojas nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, com faturamento anual próximo de US$ 16 bilhões.
A aquisição ainda precisa ser aprovada pelos acionistas da Whole Foods e pelas autoridades regulatórias.