Por que o banco do futuro é uma plataforma

Desafios para adotar o conceito de open banking são mais regulatórios que tecnológicos / Luiz Michelini/Divulgação
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Desafios para adotar o conceito de open banking são mais regulatórios que tecnológicos / Luiz Michelini/Divulgação
Desafios para adotar o conceito de open banking são mais regulatórios que tecnológicos / Luiz Michelini/Divulgação

No ano passado, pela primeira vez na história, os aplicativos foram o principal canal de relacionamento dos bancos com seus clientes.
Depois da mobilidade, o próximo passo é que os bancos se transformem em plataformas, conectadas a diversos serviços e dispositivos.
Essa é uma tendência que mostrou força durante o Ciab Febraban, evento de tecnologia realizado na semana passada pela Federação Brasileira dos Bancos.
No chamado open banking, as instituições financeiras oferecem interfaces de programação de aplicações (APIs, na sigla em inglês) para que seus serviços sejam integrados a outras plataformas.
Um exemplo simples, que já existe hoje, é a possibilidade de realizar transações financeiras por meio de aplicativos de mensagem, como o WhatsApp e o Messenger.

Internet das coisas e fintechs

As possibilidades, no entanto, são imensas. Com o crescimento da internet das coisas, os mais variados dispositivos podem se transformar em meios de pagamentos e outros tipos de transações.
Será possível, por exemplo, autorizar pagamentos nos painéis dos carros conectados.
A experiência que as pessoas têm hoje com o Uber, em que um aplicativo é usado para fazer pagamentos no mundo físico, sem a necessidade de intervenção do usuário, será cada vez mais comum.
Marino Aguiar, diretor de tecnologia do Santander, falou sobre banco como plataforma durante o painel de CIOs, na quinta-feira passada (8/6), do qual fui mediador.
“A tecnologia já está aí, mas ainda existem desafios regulatórios”, disse o executivo.

Gustavo Fosse, da Febraban / Divulgação
Gustavo Fosse, da Febraban / Divulgação

Interfaces de programação

No fim do ano passado, o Banco Original, que já nasceu 100% digital, tinha seis APIs, que permitiam operações como consulta de saldos e extratos e pagamentos.
Com essas interfaces que permitem aos bancos estarem presentes em aplicativos de terceiros, os bancos poderão se integrar mais facilmente com fintechs e outras startups de tecnologia.
Do ponto de vista do cliente, Gustavo Fosse, diretor setorial de tecnologia da Febraban, aponta que uma visão do futuro é a loja conceito Amazon Go, em que o consumidor se identifica na entrada com seu celular e, para comprar, precisa somente retirar os produtos da gôndola, sem passar por um caixa no final da operação.
Ou seja, o banco do futuro quase não será percebido.


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