Lego pode ser coisa de gente grande. A empresa Play In Company oferece treinamentos para ensinar como os blocos de brinquedo podem ser aplicados na construção de cenários estratégicos.
A ideia é que as pessoas possam, em ambiente de trabalho, simularem situações e testarem ações, numa metodologia chamada Lego Serious Play.
“Tive meu primeiro contato com a metodologia numa viagem à Dinamarca, em 2012”, afirma Mirian Fávaro, sócia-diretora da Play in Company. “Na época, era responsável pelo marketing da Lego Education no Brasil. Já conhecia o valor que os blocos tinham no processo de aprendizagem, mas ainda não tinha visto seu uso no desenvolvimento de adultos.”
No ano seguinte, Mirian fundou a Play In Company, com a primeira certificação da metodologia no Brasil. Além de treinamentos em empresas, a companhia promove cursos abertos. O próximo acontece no dia 24.
Pensar com as mãos
Segundo Mirian, a metodologia pode ser aplicada em atividades como:
- planejamento estratégico,
- formação de equipes,
- gerenciamento de crise,
- seleção e retenção de talentos,
- desenvolvimento de ideias, produtos e modelos de negócios, e
- estímulo da criatividade, comprometimento e inovação.
Entre as empresas que a adotaram estão o Boticário, Microsoft, Nasa, Unilever e Scania.
“Ao fazer com que os participantes ‘pensem com as mãos’, estimula o uso dos dois lados do cérebro – o racional e o emocional – e promove a criação de novas conexões”, afirma a empreendedora. “Com isso, acontece naturalmente o desbloqueio de conhecimentos que os participantes já possuem – mas não tem consciência –, e também o surgimento de novas ideias, visões e percepções.”
A primeira versão da metodologia Lego Serious Play foi desenvolvida em 2001, por dois professores da IMD Business School, Johan Ross e Bart Victor, e pelo então diretor de pesquisa e desenvolvimento da Lego Education, Robert Rasmussen.