O mercado de games da América Latina é o segundo que mais cresce no mundo, atrás apenas do sudeste asiático. O crescimento acelerado dos adeptos dos jogos onlines têm atraído fabricantes de computadores tradicionais.
Segundo a Newzoo, consultoria especializada em pesquisas sobre a indústria de games, o mercado de jogos eletrônicos movimentou em 2016 US$ 4,1 bilhões na América Latina e mantém uma média de crescimento de 20% por ano.
Há 40 anos fornecendo computadores, a Acer decidiu investir nos dispositivos voltados para games nos últimos dois anos, com o lançamento dos primeiros computadores da linha Predator.
Os dispositivos dessa linha possuem capacidade, velocidade e placas de vídeos diferentes dos existentes nos outros computadores e monitores da empresa.
O preço também é diferenciado. O modelo gamer mais simples da Ace, o VX Invasion, chega ao Brasil com valor médio de R$ 5 mil. O computador é o produto de entrada da companhia para o mercado nacional.
Já o principal computador da categoria sequer é vendido em lojas de varejo. Para ter um Predator de 21 polegadas e tela curva é necessário fazer encomenda, junto a Acer nos Estados Unidos, e desembolsar no mínimo US$ 9 mil.
Estratégia
A empresa, que faturou US$ 7,5 bilhões no ano passado, se tornou patrocinadora de times e eventos de jogos online nos Estados Unidos e no Brasil.
“Desde 2015 temos focado muito em games. Mas o nosso foco não é ser líder de vendas no mercado e sim apresentar a melhor experiência para o jogador”, diz Germano Couy, presidente da Acer na América Latina.
“O grande desafio dos computadores nesse ramo é o custo. Para essa linha, buscamos muita inovação para conseguir um custo competitivo, para que mais pessoas consigam comprar”, completa Couy.
Vários fabricantes têm apostado nesse filão de mercado. Na semana passada, a Samsung lançou no Brasil o notebook Odyssey, voltado para gamers, que também tem preço de referência de R$ 5 mil.