Criada em 2000, a Nimbi resolveu adotar o modelo ágil, simplificado e digital das startups atuais. Com a ideia de testar produtos com os próprios consumidores o processo de criação é mais rápido e objetivo.
Anteriormente chamada de Webb, a Nimbi investiu R$ 40 milhões em 2015 para renovar sua operação, mudando a sede operacional do Rio de Janeiro para o bairro Vila Olímpia, em São Paulo.
“A ideia é mostrar de cara como nós mudamos a nossa forma de oferecer o serviço”, explica Carlos Henrique Campos, sócio-diretor da empresa. “Essa mudança é refletida também no nosso espaço”, completa.
Apesar dos 17 anos de existência, a estrutura é semelhante à de uma empresa iniciante. Há um hall com sofás e leds coloridos, com um bar a disposição dos funcionários com produtos que variam de frutas à cerveja.
A área de trabalho funciona como num coworking. Ninguém possui um lugar fixo e as mesas são compartilhadas. Até mesmo os executivos e o presidente da companhia trabalham no espaço compartilhado.
Estratégias
Mas é o no modelo de negócio da companhia que houve a maior transformação.
Especializada em gestão de cadeias de suprimentos de médias empresas, a Nimbi decidiu mudar totalmente a plataforma que oferece ao mercado.
“O produto está totalmente na nuvem, logo pode ser acessado por qualquer dispositivo com internet. Não cobramos mais licença, nem mesmo uma taxa de saída. Os valores são mensais, de forma semelhante ao que as pessoas estão acostumadas a pagar à Netflix”, explica Campos.
Uma equipe especializada em experiência do usuário (UX, na sigla em inglês) foi contratada para deixar a plataforma mais intuitiva.
“As nossas inspirações foram as as redes sociais. Queríamos criar uma plataforma que fosse tão fácil e intuitiva como usar o Facebook, por exemplo”, diz.
O valor mensal do plano mais simples oferecido pela Nimbi custa R$ 4.999. Os aspectos tecnológicos aplicados na plataforma tradicional, garantem, já garantiu a empresa contas como a da Vale do Rio Doce.
Mercado
Apesar de se basear na nuvem e no modelo ágil, tendências do mercado mundial, a Nimbi ainda sofre resistência.
“O modelo é muito disruptivo, ainda precisamos sentar em reuniões para que eles entendam que é isso mesmo, que não vamos cobrar a mais e que dá para fazer tudo pela internet”, diz Campos.
No ano passado a empresa faturou R$ 30 milhões. A expectativa é dobrar esse valor nos próximos dois anos e atingir a marca de R$ 100 milhões em cinco anos.
Até lá, a Nimbi tenta adaptar seus antigos funcionários ao novo formato e também a explicar ao mercado como soluções inspiradas em modelos como Netflix e Facebook podem ser usadas na cadeia de suprimentos.