O casal Priscilla Fiorin e Helton Falusi decidiu criar o AppNanny, depois do nascimento de sua primeira filha, Catarina.
A Coty (apelido da Catarina) nasceu com atresia esofágica (má formação do esôfago) e teve de receber cuidados especiais durante o primeiro de vida.
Depois de várias operações, a Coty teve o órgão reconstruído e hoje, com dois anos, consegue se alimentar normalmente.
Profissionais qualificadas
A iniciativa de criar o AppNanny veio da dificuldade do casal em contratar babás.
Eles perceberam como é difícil encontrar profissionais com boas referências, principalmente quando há necessidade de alguma qualificação específica.
“A má formação que nossa filha teve acontece em um a cada 5 mil nascimentos”, conta Falusi, presidente da HTC Tecnologia. Sua esposa, que teve a ideia do aplicativo, também trabalha no setor de tecnologia.
Com a atresia do esôfago, o órgão não chegava até o estômago, e a Coty teve de se alimentar por sonda nos primeiros meses de vida.
“Não é fácil encontrar uma babá com alguma formação de enfermagem”, explica Falusi.
LinkedIn de babás
Falusi tem uma extensa experiência no desenvolvimento de sistemas para empresas, mas o AppNanny é a primeira iniciativa voltada a consumidores.
“O AppNanny funciona como um LinkedIn de babás”, afirma o executivo. Quem está interessado em contratar um babá compra créditos para acessar os perfis cadastrados no aplicativo.
As babás não pagam nada para estar no AppNanny. O aplicativo também não cobra participação na remuneração das babás, como, por exemplo, o Uber faz com os motoristas.
A remuneração do serviço acontece quando os clientes compram os créditos.
Lançado em outubro do ano passado, o serviço conta com quase 900 babás cadastradas no Brasil inteiro. “Nosso objetivo é chegar a 5 mil babás até o fim do ano”, diz Falusi.
O aplicativo está disponível nas versões Android e iOS.